30 setembro 2008

Conduzido às pessoas

Já ocorrera de várias coisas inesperadas, mas boas, que foram providências, e que para que tal coisa ter ocorrido muitas outras coisas já deveriam ter ocorrido, de modo que tudo encaixasse perfeitamente para que o ato tenha acontecido? Mesmo quando, de inicio, não era o que havia planejado ou desejado?

É certo, não existem coincidências para Deus; contudo, pode haver interpretações humanas equivocadas das coisas. Mas esse meu fim de semana fora bem interessante.

Semana passada foi muito correria, principalmente no âmbito trans-work. Até que na sexta-feira, cheguei em casa, peguei o trompete e uma maçã correndo e fui comendo no caminho para o ponto de ônibus, o qual demorou e cheguei uns 20 minutos atrasado para o CFC, onde, devido à um problema interno, eu deveria cumprir mais 50 minutos. Mas quando cheguei lá, na secretaria, me informaram de um outro problema. Haviam trocado o sistema há dois dias, e ninguém sabe mexer, e não tinha como eu passar a digital. Então teria que ir num outro dia.

Bem, meu plano era depois ir para a igreja e ficar tocando e treinando trompete até iniciar o ensaio do coral. Mas, como estava cedo ainda, a igreja nem estaria aberta provavelmente. Então, eis que uma forte e convicta idéia – como sugestão – veio em mente: “Vá na praça do Ipiranguinha e toca lá.” Bem, e eu fui. Cheguei lá, já era noite, haviam poucas pessoas, e em maioria, estavam correndo na trilha para correr e fazer caminhada. Bem, então fui num ponto mais isolado e escondido, e ai comecei a aquecer e a tocar o trompete, num meso-piano ou meso-forte. Passaram uns 15 minutos, e de repente, um senhor tomou a minha direção, e pela isolação entre outros, e por eu estar tocando, a tendência seria alguém não tomar aquela direção, mas ele foi vindo, cada vez chegando mais próximo. Até que realmente, ele chegou. Antes mesmo dele chegar, parei de tocar e o cumprimentei. E começamos a conversar, ele falou que era guitarrista, já tocou em alguns grupos por aí... apesar que a sua primeira pergunta foi: “Você toca algum jazz?” E fomos conversando por uns 10 minutos. Que por fim terminou com um acordo de que ele iria numa das aulas de instrumental no conservatório da Igreja Adventista Central de Santo André; apesar, de aparentemente, não ser alguém que pertença a alguma religião. Mas foi um papo amistoso, com aquele homem, que aparentava uns 55 anos. Os frutos disso? Eu ainda não sei. Por outro lado, me arrependo de não ter dito o que realmente importa.

Após isso, mal passaram 5 minutos então fui para a igreja. Onde ainda pude tocar uns 20 minutos de trompete até que chegara o Eliezer e o Lincon e então começamos a passar a música do quarteto. Até que chegara o Elton para atribuir. E então sucedeu o ensaio do coral; aliás, essa cantata de natal é muito gostosa de se cantar; já, acho que não é tão gostosa assim de se ouvir e o instrumental deixa um pouco a desejar, mas é muito 10. E vai ser magnífico na apresentação mesmo.

Teve o sábado também muito 10. Um magnífico sermão (aliás dois) do Pr. Jorge Mário, do nível que há muito tempo não ouvia. E no instrumental, eu e o Ronald no trompete, Hugo no sax alto, Junior no violino e o piano variava. O Elton havia ido para São Paulo. Almocei na casa da minha vó, conversei um pouco com os parentes, depois fui para o ensaio do coral. Dali fui para a casa do Rafael, e então fui para o concerto da OFSBC (Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo), com ele e meus pais (levei a minha mãe como presente pelo aniversário dela).

No concerto, encontro o Jobson, logo no banco da frente; o qual é um líder de desbravadores e um grande cristão da região; alguém, no mínimo, admirável; junto com um amigo. Bem, o concerto, não gostei muito como os demais, não conhecia nenhuma das músicas do repertório, apesar de tocar Tchaikovisky, mas não conhecia a quinta sinfonia. Meus pais gostaram, mas como são um pocado leigo, não puderam entender e apreciar muito. Já eu, me deliciava de alguns acordes, daquele piano cristalino, e dos metais na valsa do Tchai. Fora que fiquei impressionado com a potência que a tuba fez numas notas graves – Haja ar e pulmão! – e também os violinos fizeram um acorde, que fiquei encatado, maravilhado, quase que dei um pulo, um salto intelectual em minha poltrona. Eu e o Rafael virou ao mesmo tempo um para o outro e dissemos quase que juntos “Você ouviu isso?”, eles fizeram exatamente o som de uma gota da água se chocando com uma pequena poça de água. Como Tchaikovisky conseguiu escrever isso? De onde veio tamanha inspiração?

Bem, em casa, finalmente, às 23 horas, dou uma geral no que havia digitado durante a semana para o livro. E acabo indo dormir por volta da 1 hora da madrugada. Então, de repente eu acordo, estranhando um pouco por não ter acordado com o alarme do celular, estava já numa hora quente do dia, e meu irmão não estava em sua cama. – “Mãe, que horas são?” E fico chocado e surpreendido ao ouvir “Meio-dia e meio.” Diversas coisas passaram em minha mente, a principal, sem dúvidas foi: “Perdi o clube! E perdi metade do dia!”, naquela expectativa de aproveitar ao máximo os fins de semana.

Logo acordei, minhas avós estavam em casa e logo já almocei uns pratos especiais feitos pela minha mãe. E em seguida peguei a bicicleta e fui me exercitar, dar umas voltas, tende em mente que às 17h45 haveria o instrumental.

Santo André estava bagunçada naquela tarde, havia vários comícios pela cidade. No centro até havia um transito bem pesado, incomum para um domingo. Aliás, próximo ao sindicato, havia uma multidão em torno do discurso de um candidato que ao mesmo tempo estava oferecendo churrasco e cerveja para as pessoas ali. [Que belo modo de conquistar o voto!].

Após 1 hora pedalando fui até o Duque de Caxias onde fiz uma série de alongamentos, e percebi o quão o sedentarismo do trabalho está me afetando, mesmo eu ainda fazendo vários exercícios e alongamentos durante o dia. E o Duque estava estranho, havia uma presença forte de conflito [nos âmbitos espirituais], logo percebi que estava tendo uma competição de basquete, e vários jovens ali no visual do “jogador de basquete negro do gueto de NY”, ouvindo uns haps americanos. E, também vinha um forte som, meio que musica eletrônica do comício na av. industrial, o transito pesado da avenida também poluía o ar. E de repente houve uma movimentação na portaria onde há uma guarita, pois um homem ali, aparentemente alguém que vivia nas ruas, bateu com uma barra de ferro na cabeça de uma mulher. O qual me arrependo por não ter ido fazer uma pequena analise de primeiros-socorros, nem ter intervindo na discussão que ocorria. Então apareceu uma garota, muito bonita, exibindo suas belas curvas com aquelas roupas grudadas a pele, e ela começou a fazer uma caminhada no parque. Logo percebi a tentação de ficar ali, e acompanhá-la, ou apenas ficar olhando... ao mesmo tempo, que ouvia claramente a voz do Espírito Santo dizendo para sair dali e ir para casa. E foi quando que uma pequena gota de garoa caiu no meu rosto, e olhei para o céu e vi um tempo fechando; pensei que talvez choveria, e isso me motivou ainda mais para tomar a decisão de ir embora.

No calçadão da Oliveira Lima vi o Giancarlo andando, de terno, gravata, e a Bíblia grande na mão andando, bem determinado. Dei meia-volta fui até ele, e o cumprimentei. E assim iniciou uma conversa de uns 20 minutos.

Bem, no centro vi uma cena lamentável, várias pessoas bêbadas pelas ruas (graças as cervejas do candidato). E pude ver um cara dando um gole numa lata de cerveja, do tipo, como se fosse ágüem que estava andando por dias no deserto sem água; aquilo me chocou! E depois, vejo 3 rapaz, aparentando 17 – 19 anos, com uma latinha na mão, com pinta de trombadinha e usuário de droga, jogando palavras estúpidas e deploráveis ao ar, enquanto que um deles ia pixando algumas paredes com um diz preto. E continuei meu trajeto.

De repente decidi mudar o trajeto, ao invés de ir pelo mais rápido, decidi ir ali pelo meio da Vila Pires. Quando estava fazendo a roda próximo ao clube Aramaçã, me cruzo com o carro que me deu preferência, e ao prosseguir a curva o carro vinha logo atrás... quando de repente, duas crianças afobadas, saem correndo cruzando a rua, e a menina tropeça e cai... ao ver isso, logo associei ao carro que vinha atrás e pensei num possível atropelamento, e a única coisa que pude fazer foi expressar com os lábios “Ai!”, como se sentisse a dor por ela. Mas o carro conseguiu diminuir a velocidade e desviar sem dificuldades. E fiquei pensando: “Que capote besta! Certamente aquela menina não costuma correr.” (foi do tipo, que a pessoa se tropeça na própria perna... e só vejo isso, quando pessoas que não costumam correr, de repente dão um pique forte).

Bem, ao entrar ao começar a fazer a próxima curva a direita, de repente noto 3 garotos em bicicletas pedalando forte (para o tamanho deles – apesar de estarem numa marcha leve, o que não gerava muita velocidade) no sentido oposto, e gritando: “Ei! Péra ê! Vou te pegar!” Numa fração de segundos percebi que estavam atrás dos dois garotos, logo pensei que eram amigos, estavam brincando; então me recordei da imagem da menina e percebi que ela estava arrumadinha demais, e tinha jeito de quem não brincava na rua; e então curioso, tive uma pré-conclusão de alguma encrenca. Isso, talvez em 2 segundos. E então, em 5 segundos fiquei pensando: “Continuo para casa. Ou vejo isso?” Mas algo no meu coração dizia forte e claro que eu tinha que checar aquilo. E decidi voltar, faço uma curva de 180 graus, e volto. Logo vejo, os dois garotos correndo, uns 50m após o ponto do capote, e os de bicicleta perseguindo-os, um deles mais a frente, de jaqueta vermelha.

Dou apenas algumas pedaladas mais fortes e já estava na cola dele. Quando notei melhor a cena. A menina estava desesperada e chorando, e caiu de novo ao tropeçar na calçada enquanto corria. Era uma pequena subida, numa casa mais acima havia um senhor de idade, no qual o garoto falou forte “Senhor, ajude nós.” E o da bicicleta falando algumas palavras ofensivas, dizendo que ia pegar ele. Logo, então disse: “Ei garoto! – ao olhar para mim – Deixe ela em paz.” O garoto retrucou uma frase estranha ao pensar no que ele falava, “Por que deixar paz?” Então repeti de forma mais branda e séria “Deixe-os em paz.” O garoto na hora parou a bicicleta. Passei por ele, e fui até a direção dos dois garotos. E os meninos da bicicleta tomaram caminho oposto, indo devagar, mas gritando várias palavras ofensivas e obscenas, e muito sem lógica, e ameaçando do tipo: “Eu ainda vou te pegar. ... Gente se cruza nóis ainda.”

Fui até os dois, era um garoto e uma garota, aparentavam ser irmãos, o menino com uns 10 anos, e a menina talvez com uns 11 ou 12. O menino mais calmo, mas muito preocupado e tenso, e a menina chorando tentando se recompor. Ambos bem educados. E o garoto me perguntou: “Moço, eu estava indo para Carijós (uma rua bem conhecida)... mas não sei onde ia dar essa rua. Você sabe como faço para chegar na Carijós?” Ambos me lembravam muito alguns desbravadores, ali, estava o conselheiro Evandro. Hehe. Nenhum falaram, de primeiro sobre o que acabara de ocorrer.

Um ‘instinto’ imediato veio em mim de conduzi-los em segurança até lá. Apesar de que aquilo iria, me fazer usar uns 30, talvez 40 minutos. Então disse que os acompanharia até lá. Pois também pensei que aqueles garotos poderiam voltar, segui-los. E quem sabe bater neles. Rouba-los, algo do tipo. Pois ficou claro, que não se conheciam. Bem, tomando caminho, ao cruzar a esquina perguntei a eles: “O que eles queriam?” E o garoto disse, “Eles queriam levar minha blusa.” Dei uma olhada naquela blusa azul, parecia ser algo de marca, caro; apesar de não conhecer e não ligar para essas coisas. E continuamos o caminho, pouco falando. Os dois estavam meio emudecidos e espantados. Percebia a adrenalina e o pavor neles, pelo modo como davam os passos.

Bem, no próxima esquina, surgem os garotos novamente de bicicleta, que deram a volta no quarteirão. Ao verem que eu estava com eles, ficaram afligidos por perceber que não conseguiriam roubá-los, e começaram a xingar algumas coisas. E, o mais estranho, provocavam o garoto falando coisas do tipo: “Seu covarde.”, “Seu merda.”, “Só porque o moço está aí, agora fica se achando.” E sem dizer nenhuma palavra, sem dar bola. Continuamos o caminho. Descemos e subimos duas outras ruas. Já, pelo menos uns 700m do local anterior. Os garotos realmente foram embora. E no final de uma longa subida, ali perto do Perin Instrumentos, eles então agradeceram: “Obrigado moço...”, dizendo que ali estava bom, e que estavam perto (de fato, eram apenas mais 3 quarteirões até a Carijós). Eles já estavam calmos e tranqüilos. Provavelmente, iam para alguma festa de aniversário. Então despedi deles sem mais o que dizer, pois percebi que estavam meio chocados para conversar, e de fato, eu era um estranho para eles.

Bem, dei meia volta e voltei. Pedalava um pouco mais forte, como se procurasse encontrar com aqueles três garotos de bicicletas. Um deles, o que ficava xingando e falando, aparentava uns 10 – 11 anos, os outros dois que ficavam mais na retaguarda uns 12 – 13 anos. Todos de calça larga e jaqueta larga, boné ou toca; bem no estilo ladrão. Procurava, como se quisesse dar uma lição neles, talvez uma surra, talvez forçá-los a ligar para os pais e falar com eles, ou mesmo, imobilizá-los e chamar a policia. Ao mesmo tempo, que a possibilidade deles estarem armados não me amedrontava; pois todo aquele instinto de lutador, karate, brigas de rua viera à memória muscular. Mas não os encontrei.

Pensava, neles, no que tinham dito. E logo conclui que eles não pensavam no que falavam. Não sabiam o que falavam. Agiam como pessoas que fazem contas com algoritmos de matemática sem saber o que estão fazendo, apenas porque foram ensinados a fazer daquele modo. Certamente, tinha algum bandido ou traficante por detrás daquilo, que os ensinou a fazer aquilo. Ou de quem eles copiaram. Para eles era um método, eles ameaçavam com tais palavras e a pessoa tinha que dar a blusa. Era isso! Não havia nenhum questionamento, e provavelmente, nem iria tentar brigar. Mas tinha que insistir no algoritmo até a pessoa dar a blusa. Ameaça verbal, com palavras ofensivas, mas que são expressas como um algoritmo, sem a que a pessoa que está falando desse a mínima para o que saia da boca. Para o que acontecia. O que estava fazendo.

Pensei tanto nisso. Na questão da educação do pais. Nos pais dos garotos. Na vida provável desses garotos. Se aquelas bicicletas eram deles ou foram roubadas. Sobre o futuro que tendia a eles terem. No desejo de fazer algo. Nos rapazes que pixavam no centro. No candidato que parou o transito, e ficou distribuindo carne e cerveja. Pensei na sociedade. Em Satanás e o que busca fazer com as pessoas e as crianças. Alias, não é isso? Se dissermos para Satanás deixar alguém em paz, ele certamente ira questionar, como se aquilo não estivesse em si: “Por que deixá-lo em paz?”

E pensei muito no meu papel quanto ao que ocorrera, e nas circunstâncias que me levaram a estar naquele exato lugar naquele exato momento.
Pois veja só na série de fatos que tiveram que acontecer para eu ter passado de bicicleta naquele local naquele momento:
1. ia chamar para sair no domingo, mas deu um desencontro... de modo que se tivesse ido, provavelmente, nem estaria em Santo André na tarde de domingo;
2. acordei tarde no domingo, perdendo o clube de desbravadores. Caso contrário, eu teria chegado em casa por volta das 13h40, iria almoçar e não iria ir andar de bike pois já teria feito isso;
3. Eu tive que sair do parque do Duque de Caxias naquele momento;
4. Encontrei com o Giancarlo, e fui interceptá-lo e fiquei uns 20min conversando com ele;
5. Mudei de rota para ir para casa.

Qualquer um desses acontecimentos e que não acontecesse exatamente como fora, e, provavelmente eu não teria evitado aquele assalto. Isso que também fora eu, outra pessoa não teria nem notado nas duas crianças afobadas; nem tão pouco tentado evitar; por medo do assalto; medo de as crianças estarem armadas e lhes ferirem seriamente ou matar. E mesmo assim, se a voz não tivesse falado para eu fazer o retorno quando passei por aquelas crianças e ido reto... ou então, se não tivesse acompanhado os garotos até um local seguro.

E na sexta-feira, que aconteceu aquilo? Se eu tivesse feito os 50min do cursinho, eu não teria ido para o parque e não teria conversado com aquele senhor.

Sendo que de certo modo, eu até resmunguei um pouco, nem que seja naquela idéia de “Não foi conforme eu tinha planejado. Ou que queria fazer.” Mas veja, tudo isso foi necessário. De certa forma, vários fatores na vida foram necessários, como a minha infância e adolescência na rua, karate, entre outros.

Tudo ficou tão claro para mim: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”(Rom. 8:28). E também aquele verso que diz que Deus é que controla tanto o nosso pensar quanto efetuar. Tipo, tudo isso é magnífico quando acontece. A ação ocorre. E mais vontade dá de agir. Ao mesmo tempo, se eu tivesse negligenciado ajudar, teria sido condenado “Aquele que sabe o bem e não o faz, peca.”

Isso me fez recordar dos apóstolos, eles iam para as ruas, praças. Então Deus provia meios para as pessoas irem até tais, e eles, inspirados pelo Espírito Santo, agiam, falavam o que tais pessoas precisavam ouvir. Assim como o Eunuco, Deus arrebatou Felipe até ele para lhe ensinar da Palavra, Deus me conduziu até aqueles garotos. Se formos ver bem, as ruas estão cheias de pessoas necessitadas, ou de certa forma, estão na ruas porque querem interação com o exterior, seja com outras pessoas ou meramente o ambiente. Portanto, é mais tendencioso conseguirmos acesso a tais pessoas pelas ruas; do que fechados em paredes. Ou então, buscando comunicar com tais pessoas com encontros futuros num local x.

E se for ver bem, fora nas ruas, em que Jesus, apóstolos entre outros, agiam, ministravam, faziam laços com as pessoas, "sem hora marcada". Por que hoje buscamos um padrão da cultura capitalista de buscarmos locais fechados (teoricamente mais confortáveis e seguros); onde as pessoas estão menos receptivas?

Aliás, tive uma idéia, vou ver com o Elton e o Hugo, de combinar de irmos em alguns domingos ou sábado mesmo, na praça. E ficar tocando alguns hinos. Sem finalidade nenhuma além de tocar para Deus e abençoar os outros que ouvirem tais. Talvez isso, possa atrair pessoas, para conversar, quebrar obstáculos de preconceitos, quebrar o gelo, ou talvez até mesmo, seja um caminho, para conhecer novas pessoas, confortar outras, conduzir para ir num culto, ou estudos bíblicos, ou, simplesmente, testemunhar de Jesus e dizer: “Pois Ele vive, posso ver no amanhã...” e “Servos de Deus, a trombeta tocar, breve Jesus voltará!” – opa! Ou fazer alguns ensaios com a fanfarra do clube nesse esquema; apesar que fanfarra, dá uma semântica diferente.

Somos chamados para sermos ousados, loucos pelo evangelho; isso é romper paradigmas dos confortos modernos e obstáculos da comunicação social; do isolamento e da exclusão social.

Fica aí algo para pensar... e nisso fico lembrando e refletindo em algumas passagens dos livros “Serviço Cristão” e “O Ministério do Amor”, de Ellen G. White.

Bem, depois de fato fui na aula do instrumental. De lá fui para o culto, o coral cantou, um pastor fez um belo sermão. E até toquei trompete no final acompanhando a Edra no piano; mas minha embocadura estava já detonada, então não saiu algo muito limpo.

17 setembro 2008

Uso do tempo

Na última semana – da Pátria – não tive aula na universidade e com isso, até pude usufruir melhor da noite e dormindo mais cedo; aliás, que diferença brutal ocorre, quando se dorme 8 horas numa noite, indo dormir às 10h20 da noite! Contudo, já essa semana as coisas voltaram meio que a rotina, acordar bem cedinho, dormindo pouco, faculdade.

Estou tendo um certo problema na faculdade. Estou dando umas bolas foras sem lógica alguma, talvez por lapso de memória. Um trabalho de gravitação deixei de fazer, pois deixei para o última hora, e em tal, não encontrei a folha que continha as perguntas. Também, ralei até para fazer uma lista de exercícios de Estatística, e tinha fixo em mente que era para entrar no dia 10; e não sei o que me levou a associar tal, totalmente com essa terça-feira, dia 16. De modo que na aula, quando fui entregar para o professor – de primeiro, já achei estranho ninguém estar entregando – ele me falou que era para ter entregado na semana antes da pátria. Bem, um pouco decepcionado comigo mesmo, fui até minha carteira, abri o caderno, e conferi a dada, e realmente, era para entrar no dia 5 ou 6. E por cima, nesse aula houve uma prova de Estatística, e eu não sabia; mas felizmente, estou meio que acompanhando e entendendo bem a matéria e fui bem na prova. Já na segunda-feira tive uma prova de geometria euclidiana, e apesar de ter estudado um pouco – o problema foi que faltei em muitas aulas, devido ao GEA – na prova não tive um bom desempenho. Eram 3 exercícios, o primeiro acertei; já o segundo, eu entendi tudo perfeitamente, era um daqueles que revisava várias vezes todos os procedimentos, raciocínios e cálculos, e não encontrava erros. Mas começaram a surgir números absurdos, como raiz quadrada de 81457; e por fim, o resultado estava coerente, eram 3 variáveis, contudo, numa delas, deu 7,68 se não me engano; mas era para ter dado um valor nessa faixa, só que negativo. Bem, revisei e revisei, procurando por erros de sinais, módulos, mas nada. Coloquei um sinal de negativo no valor, como resposta. Estou realmente em dúvidas quanto se tal está correto ou não. E no último exercício, caíram duas coisas que não havia estudado, e nem tentei resolver, que era sobre um plano hiperbólico e um outro tipo de plano, e calcular uns negócios em tais.

Por outro lado também estou muito inquieto, mentalmente, e longe de tranqüilo, quanto ao GEA, a mim, às pessoas e aos adventistas em geral. A cada dia parece que vejo mais claramente a sociedade, as pessoas, as leis que vigora hoje, a mornidão, hipocrisia, o estado de morto no pecado, o perigo desses tempos. É triste. Outro dia, confesso que quase chorei ao pensar nisso. Pensamentos que não deveriam ocorrer, idéias equivocadas. Uma grande distância entre as pessoas, que não deveria ocorrer. Pessoas que você se comunica, cumprimenta no dia-dia, fala um oi, pergunta como está, se está tudo bem, conversa algumas coisas; mas de certo modo, não se vê muita disposição e impulso de ambas as partes de se sacrificar pelo bem do próximo... um grau de intimidade, de relacionamento, de amor ao próximo, baixo.

Porém, confesso que tive um fim de semana maravilhoso. Na sexta, ensaio do coral a noite, começamos a pegar as músicas da cantata de natal. E estou buscando, de certa forma – acho que ainda falta mais atitude e ação – liderar o baixo, como um capitão de unidade, incentivar e buscar o melhor de todos, para agir como uma unidade bem treinada e motivada; e de certa forma, estou tendo a colaboração do Elton; mas, ainda, há alguns imensos obstáculos a ultrapassar. E conversei um pouco com os amigos também, tudo muito bom.

No sábado, acordei um pouco atrasado e, assim, cheguei um pouco tarde no Colégio Adventista de Santo André, onde ocorrerá os próximos cultos, por pelo menos 10 semanas, pois estão reformando a igreja física, unidade Central Santo André. Cheguei às pressas, correndo na subida das escadas. Ao chegar, já haviam terminado os hinos iniciais. Peguei logo o trompete, algumas sopradas e me ajuntei a ao conjunto instrumental: {Ronald, Elton, Elcio, Hugo, Edra} = {Trompete, Trombone, Sax tenor, sax alto, piano}. E assim, toquei a doxologia de entrada da plataforma. E realmente, foi muito 10, tocar ali com todos eles. Especialmente, com o toque especial da presença do meu humilde e grande amigo Elcio que veio de Maringá - PA para realizar uma prova na USP, para tentar um mestrado lá.

Depois nos separamos, em dois grupos, os instrumentos, não sei exatamente o motivo. E tocamos mais uma música, o hino inicial. Bom também, mas se notara que a acústica da capela era ruim; não ouvia os instrumentos do outro lado, e mal ouvia os que estavam ao meu lado, se perdia bem a noção, se a harmonia estava encaixando; não dava para saber se a congregação estava ouvindo bem, ou se estava muito alto. E, no mesmo naipe, tocamos um hino para o momento dos dízimos e ofertas.

Após o sermão do Pr. Delmiro, tocamos o hino final; só que nesse, ajuntei-me com o outro grupo, o Ronald e o Elcio. E eu, toquei em 80% do tempo, o contralto e o Ronald fez a melodia do soprano. Ficou bem mais legal, ali juntos, os dois trompetes. Até recebei alguns elogios depois, comentários do tipo: “Fica bem mais legal, bonito os dois tocando juntos.” Pois realmente, na nave da igreja, um fica de cada lado, não havia ainda tocado junto com ele. E depois, então todos se juntaram novamente num único grupo e tocamos uns 2 hinos para a introdução da Escola Sabatina.

Houve algumas coisas interessantes na classe dos Adolescentes, que participo, juntamente com o Elton. E depois, no segundo culto, o conjunto novamente, e meio que começamos a nos entrosar, apesar que eu era o único novato ali, pois eles já haviam tocado juntos por vários anos. Ficou muito 10. O problema foi que o pessoal se acostumou a não levar hinário e ler as músicas pelo telão. Aí não teve telão, e mesmo sendo músicas mais populares do hinário, pouco, quase nada, ou nada, ouvia de canto, além do regente no microfone – Claudinei, no caso. Ah sim, o coral não cantou.

Após, fui para a casa do Elton. Chegando ali, não sabendo, comemorariam o aniversário da vó deles. Rapidamente, ensaiamos “Parabéns para você”, eu no trompete, Elton no trombone e o Elcio no sax. E aí fomos até o cômodo onde estavam várias pessoas reunidas em torno da mesa e a vó deles, e fomos entrando tocando a música, só que de forma bem desarmônica, o Elcio que puxou, tocou em uma escala diferente; e com ritmos variados, do tipo meio que cada um fez algo; eu só tentei acompanhar. Mas o pessoal gostou, foi legal.

Então uma ótima refeição tivemos, ao redor de várias outras pessoas, com as quais havia um papo descontraído e bem gostoso. E também ficamos sabendo que o Pedrão – inquilino que mora com eles – disse que vai ser batizado no final do ano. Então, depois de um tempo, só havia eu e o Elton ainda comendo, e até vieram nos perguntar se poderiam retirar a mesa. Hahaha. Algo já meio que comum, quando se come bastante, e devagar.

Após isso, fizemos um trio, trompete, tuba e sax tenor. Ficou muito 10. Tocamos várias músicas, meio que entrosando o feeling entre os três. Até o tio do Elton veio lá, pedindo para tocarmos de novo uma música que ouvira nós tocando, e ele que regeu a dinâmica da música. Mas logo, tivemos que ir para o ensaio do coral. E após o ensaio, ficamos um bom tempo conversando na calçado e ensaiando uma música do Arautos do Rei. Até que quase 1h30 depois fui para casa.

Na manhã seguinte, corro de bike até o Clube de Desbravadores, no qual tivemos uma reunião desastrosa, caótica, e, fiquei estarrecido com o grau de sedentarismo e “fora de forma” do pessoal. Mas depois, eu e o Elton tivemos um longo papo com o Everaldo (diretor). Umas 15h terminei de almoçar, e fazia um trabalho, enquanto assistia alguns lances da NFL. E logo já eram 17h. Aí fui para o conservatório. Bem, lá foi 10, contudo, poucos tocamos, peguei uma lição com umas notas muito agudos, e para treinar o vibrato no trompete, embaçado por enquanto. Depois, formamos um conjunto masculino e começamos a treinar e cantar aquela música do Arautos do Rei Jesus Vem Logo. Eu, Rafael, Elton, Eliezer, Claudinei, Eliezer pai, Willian e o Lincon. Ficou muito 10.

Depois, eu, Elton, Willian e o Rafael fomos pro colégio, e aí ficamos na sala dos professores ensaiando a música, pegando as notas no trombone. Eu no baixo, Rafael no barítono, William no segundo tenor e Elton no primeiro. Foi 10. No final, apenas pegamos uns 4 compassos; mas ficou muito 10 a harmonia, a coisa vai ficar muito boa. Depois, ainda dei uma tocada na tuba.

Tipo, foi realmente um fim de semana muito bom. Do tipo, que quando chegou domingo a noite, uma certa tristeza surgiu em mim, pois voltaria a rotina da semana. Dormir pouco, ir num trabalho sedentário no PC, 2h de van no transito, faculdade, 2h de van para voltar. Trabalhos, provas. Por outro lado, bom saber que tudo isso passaria num estralar de dedos que já vai ser sábado novamente, aliás, já é quarta-feira, e tudo parece que foi ontem.

Fazem uns 5 dias que estou lendo o livro “Arco-Íris Sobre o Inferno” de Tsuneyuki Mohri, o qual conta a história de Saburo Arakaki; hoje um pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia, mas que foi um dos combatentes da Segunda Guerra Mundial, assassino, condenado a morte. O livro é incrível, ao todo 230 pags mais ou menos, já estou na 110. Só que tipo, até agora, apenas vem narrando o Saburo onde o Japão era sua religião; sua infância e situações de tirar o fôlego na guerra, uma mistura de aventura e drama; um livro que me fez ver um lado da guerra que nunca havia notado. E trás de certa forma uma noção muito mais real do que os filmes conseguem trazer, sobre os tiras, canhões e tantas outras coisas. E esse livro tem me feito pensar um pocado em algumas coisas.

Bem, confesso, que agora, aos 22 anos, eu não me preocupo com o tempo, não fico mais ansioso quanto a ele. Pois de fato, as coisas estão passando incrivelmente rápido; mas tudo bem. Estou envelhecendo, mais tudo bem. Não me importo de logo estar com 88 anos. Minha maior preocupação é quanto ao uso desse tempo chamado presente. É algo tão profundo que penso quanto a isso que tenho muita dificuldade de expressar tal pensamento; mas a questão é “Deus me cobrará pelo uso do tempo da graça” enquanto tenho vivido de modo como, se não estivesse em falta quanto a isso. Preciso de tamanha educação e status acadêmico? Preciso ganhar bastante dimdim para cumprir minha missão? Pois olho para Jesus e o que vejo é um homem pobre mas o Senhor do Universo; dedicava o tempo para com as pessoas. Olho para Ele e me vejo em falta grave, para cartão vermelho.

E o pior de tudo, é que amanhã estarei aqui nessa mesa no escritório, a noite estarei indo novamente a faculdade. E, às vezes, temo em pensar, que será preciso que um anjo me visite e diga claramente o que devo fazer; para eu mudar tal rotina do dia-dia. E se fosse para ir trabalhar de missionário em algum lugar remoto? Eu não me importo, gosto da simplicidade e humildade, romper com as normas e modas do mundo. Estar em meio de pessoas com as quais carecem de minha presença e ajuda; viver sem dinheiro; comer comida simples e mesmo comendo pouco; andar bastante e coisas por ai.

E dá no mesmo. O tempo vai continuar passando, como passa aqui. Só que o uso e utilidade em tais são bem distintos. Num viverei até quando Deus me chamar, noutro também. Por que então optar e escolher por esse?

Enquanto todo esse conflito em minha mente, e a minha postura resoluta em continuar nisso. Apenas com um plano futuro, em média de 10 anos, conseguir juntar dinheiro o suficiente para iniciar uma nova vida no interior, num estilo de vida campestre, simples e bucólico.... bem, enquanto tudo isso. O tempo está passando, e os sinais ocorreram, o cenário, a condição do mundo, as dores dos partos aumentando. De inicio, dei pouca importância para essa crise financeira, pois já houveram, de fato, outras piores, e hoje há muito mais cabeça para se pensar, mais alternativas, mais modos de resolver, ou de evitar abalos e grande caos, do que há muito tempo atrás. De certo modo, até tenho uma certa perspectiva otimista para os próximos 10 anos. Mas se eu estiver errado? Por que pensar em 10 anos, ao invés de 5 anos?

A única coisa que espero é que o Senhor esteja guiando minha vida; que tudo isso faça parte dos Seus planos. Mas será que estou entregando todos os meus caminhos ao Senhor? Que segurança há na não totalidade?

03 setembro 2008

Agora, estagiando na BASF

Olá, caro internalta.
Já faz um tempo razoável que aqui não escrevo.

Mas bem, algumas mudanças e coisas ocorreram nesse período de tempo. Talvez um dos principais foi o inicio do estágio na Basf. Bem, a primeira vista, gostei muito da empresa. O estagiário é tratado como um funcionário e a bolsa-auxílio é boa; contudo, é preciso trabalhar muito. Estou com sério problema de privação de sono. Vou dormir 1h30 da manhã em média e acordo às 6:20, portanto, faça as contas. Isso mesmo, 4h50min de sono. Essa é a média! Felizmente é apenas em 3 dias da semana tal valor (seg–ter e qui–sex), os piores dias são terça e quarta. De quarta para quinta, se bobear consigo dormir de 7 – 8 horas, e nos fins de semana e sexta para sábado também. Mas já fazem 3 semanas isso e ainda não me acostumei. Minha cabeça fica meio estranha, um estado meio que presente de dor de cabeça suave.

Por outro lado, o chuveiro está com problemas e ninguém arruma. E ou se toma banho muito quente ou no gelado de tudo (desligado). E como normalmente agora só estou tomando banho ao acordar; não rola um frio. E minha pele está ficando ressecada. E aos poucos percebo meu imunológico cair. Também, tenho voltado a consumir chocolate, principalmente leite com chocolate no escritório; para ficar um pouco desperto.

A faculdade ficou mais correria ainda. Quatro disciplinas pesadas do tipo que é necessário estudar muito. E dessa vez, peguei um professor bom, Lima, de Estatística, escreveu um ótimo livro sobre tal com o Magalhães. Já o de Cálculo, o cara tem boa vontade, mas não sabe explicar, simplesmente não sabe explicar; tem uma grande debilidade didática e metodológica; fora que não sabe selecionar exercícios didáticos. O de física, Gravitação, é interessante pois aborda bem um papo reflexivo sobre a ciência, algo mais do tipo história e filosofia da ciência; mas boa parte da galera dorme na aula; já para mim, é muito interessante. E tem a matéria de Geometria, onde estamos vendo alguns coisas incríveis e exóticas, como um plano curvo, um plano hiperbólico; como é que se define a geometria; o que realmente é uma reta, plano, ponto, segmento entre outros, que vale de forma geral, e não apenas para o plano de curvatura zero que estamos acostumados, ou que normalmente, o único que a grande maioria das pessoas pensam que apenas existe; pois realmente, curvas que são retas, é intrigante.

Sim, já tive minha primeira bomba, fui péssimo na prova de Calculo IV. Mas vamos lutar. O difícil é imaginar quando irei estudar, talvez mate umas madrugadas. Ou tente pegar uns domingos de tarde – se ninguém ficar em casa; mas vai ser complicado.

A questão física diminuiu bastante. Exercícios aeróbicos só pratico de quarta a noite e domingo, que somando, daria umas 2 horas, e olha lá; o que realmente é longe do ideal. Mas tenho tentado procurar andar o máximo possível dentro da BASF. E procuro fazer, durante o dia, algumas flexões e abdominais. Creio que tenho que caprichar melhor no domingo, pelo menos.

A boa noticia é que o Congresso Nacional aprovou uma nova Lei para com os Estagiários. A qual obriga uma carga horária máxima de 30 horas semanais, isso dá em torno de 6 horas por dia – sem diminuir o valor da bolsa. Ou seja, talvez, quando ela entrar em vigor aqui na Basf, talvez diminua em 2 horas minha carga horária diária. AO invés de entrar as 7h30 e sair as 17h; talvez, consiga entrar 8h30 e sair as 16h, ou então sair as 15h. E assim, poder estudar um pouco, praticar mais atividade física; ir mais cedo para a USP, aproveitar mais o CEPE, GEA. Mas, é esperar para ver no que vai dar. Até lá será um pouco de dureza.

É estranho, pois é como se tivesse num estado de estopim constante; de modo, que se eu fechar os olhos e relaxar por uns 30 segundos eu apago, durmo! Por outro lado, minha super pró-atividade e energia; é como se também estivesse super disposto a todo momento; agora mesmo, correria vários quilometro de boa. Apenas o corpo fica meio estranho, meio que indicando que há algo estranho. Dizendo: “Cara você precisa dormir.” Mas, creio que isso é apenas um período; e estou apreendendo várias lições preciosas quanto a isso, lições para a vida, para o caráter, para o autocontrole, disciplina, esforço e perseverança; assim como para valorizar as pessoas e as outras atividades que exerço.

Pois, uma das colocações interessantes que já li em alguns livros é aquela idéia, que antes de se tornar um grande rei, líder, receber uma grande benção, antes é preciso passar pela humilhação, necessidades, dureza; para, sobretudo, possuir responsabilidade, bom-senso e valor para usar dos poderes recebidos. E mesmo aquela expressão muito usada pela igreja que diz: “Antes do Pentecostes veio o Calvário”.

Nesse período também voltaram as atividades do GEA, a boa noticia é que mudamos para quinta-feira e a Nath da letras pode participar agora. Mas está havendo alguns conflitos ideológicos, ou como disse o Fred, Crise de Identidade; apesar que, creio que o problema é outro. Mas ainda assim, é um benção o GEA, e tem uma extraordinária projeção.

Noutro lado, certifico que eu o Elton temos crescido muito juntos em vários aspectos. E temos cada vez mais notado a grande responsabilidade, dever, entre outros que nos fora outorgado. E nisso, o coral enfrenta um sério problema, ora, vou ser sincero, eu avisei e avisei; há dois anos atrás, peguei no pé do coral, do Marcilio, falando sobre vários aspectos e tendências. Não deram ouvidos, e aí, a coisa aconteceu. E agora? Parece até que nos demos de cara com o vale dos ossos. E me vem em mente, aquela história de Elizeu, ou fora Elias? “É possível esses ossos voltarem a vida e combater?”

O clube de Desbravadores está um caos³! A diretoria está um caos, e para agravar o problema estamos com mais de 60 desbravadores. Mas, eu e o Elton já estamos tomando providências para buscar solucionar isso. Mas vamos lá, e, infelizmente, por enquanto acredito que não participarei do Campori, devido ao estágio.

Já fazem 4 meses que estou tocando trompete oficialmente na IASD Central Santo André; de inicio meio tímido, mas agora já me soltei bastante. Apenas ainda estou pegando mais as manhãs da dinâmica com o grupo, e prestar atenção no tempo, no piano, no regente. E nesse tempo também, melhorei muito a qualidade do som, o timbre, tonalidade, volume, potência, ressonância; claro, ainda tenho muito a melhorar. É só o Ronald tocar que fica evidente meu nível inferior. Mas estou melhorando, apesar de agora só pegar o trompete 4x por semana, para treinar, estudar e tocar. Alias, desaprendi a contar tempo. Demorou um pouco para eu conseguir tornar subconsciente e involuntário olhar para os compassos, e com aquela musiquinha na mente: 1, 2, 3, 4; 1,2, 3, 4... (num compasso de 4 tempos). Parei de treinar isso, comecei a ir muito no feeling da música, e quando preciso contar, me embaraço todo, porque tenho que pensar, raciocinar; aí eu acabo desconcentrando um pouco quanto aos outros detalhes, como leitura da partitura, e diversos outros aspectos. Fora que o pior, é que desaprendi a ter a noção da duração dos tempos das colcheias e semi-colcheias. Vou pegar um método de percussão bom com o Elton e estudá-lo, para pegar melhor noção disso.

Mas tenho já feito algumas coisas interessantes com o meu trompete, veja algumas músicas que gravei em http://kako.4shared.com/ . O ruim é que meu conhecimento de edição de som é muito debilitado ainda, usei um programa muito light; minha placa de som, é fraca para entrada, acho que 16bit e olha lá; e o microfone que usei, rs, é aqueles que vem no fone de ouvido, bem genérico ainda, da Clone; paguei 15 reais. Mas já pretendo lá para o final do ano, comprar uma placa de som boa, profissional, e um microfone bom, profissional ou semi. Aí sim, a coisa vai ficar legal. E quem sabe, daqui um ano ou dois, fazer um isolamento acústico no meu quarto, uns equipamentos, e montar um pequeno e modesto estúdio em casa...

Tenho pensando mais e considerado como já a questão da vida adulta, independência. O pensamento, planejamento e execução para já sair de casa, desenvolver uma família, um lar; responsabilidades, imposições, ousadias necessárias; para lidar e encarar outras pessoas.

E talvez, meu maior foco e pensamento hoje é quanto a questão espiritual minha, dos outros, e sobretudo, da igreja, ou seja, das pessoas que alegam ser seguidores de Cristo. Principalmente, naquelas em que mais convivo nos grupos e atividades que participo. E a questão é: “Inatividade”, “Falta de fé”, “falta de espiritualidade”, “falta de poder do Espírito Santo”. Só Deus sabe o quanto que penso nisso e estudo.

Esses dias ficou bem parado a digitação do livro. Mas tenho planos para logo adquirir meios para conduzir esse trabalho adiante. Quem sabe, no meio do próximo ano, já estar corrigida e editada; assim, buscando editoras...?

As vezes, fico imaginando como seria interessante, se caísse um meteoro na Grande São Paulo; e acabasse com as pessoas (inclusive eu) que fica perdendo tanto tempo com futilidades, trabalho, coisas da vida terrana; de modo, que o tempo torna-se não controlado por Deus, ou seja, tudo acaba sendo vaidade. Preocupados num carro a adquirir, ou investimento a fazer, enquanto que negligencia ou esquece totalmente dos necessitados e de ajudar o próximo...

Bem, é isso.

Até a próxima.