20 janeiro 2008

1ª Entrevista do GEA

Nos dias 18 e 19 de janeiro estive em São Paulo. Dia 18 fui cedo para a av. 9 de Julho, próximo a Faria Lima fazer uma dinâmica de grupo para um estágio no banco Santander, e passei, e agora estou aguardando uma entrevista com o gestor. Dali fui até a USP – deu uma boa caminhada – onde encontrei-me com o Fred, o primo dele e a ju – esta, fora a trilha.

Dali fui para a casa do Fred, e logo fomos para a igreja dele: IASD Jd. Bonfiglioli, que fica razoavelmente próximo da USP (sendo o P3 como referência). O Fred está ministrando aulas de música para um pessoal ali, inclusive a Simone do GEA. E após teve o ensaio do grupo; e nisso conversei bastante com o pessoal de lá, o pai do Fred um homem simplesmente 10, entre outros que estavam ali, alguns, lideres de desbravadores. Foi uma ótima noite. Uma igreja simples e em construção, que me fazia lembrar muito do Guaraciaba onde resido.

Bem, também na manhã seguinte teve o culto ali muito gostoso, principalmente porque fazia tempo que eu não assistia um culto numa igreja não central, pequena, com gente simples. Mais tarde chegou o pessoal do GEA na casa do Fred mais o Rodrigo e sua namorada. E meio que nos deu uma idéia do que falaríamos e como seria o JA. Esse Rodrigo é muito gente boa mesmo, formado em Economia lá na USP e agora parece que vai cursar matemática lá no IME. E dali partimos então rumo a São José, lá no extremo sul de São Paulo. No caminho, muito conversa no carro, Fred, Simone, Natalia e eu. Até que depois de mó role, chegamos na IASD de São José, uma igreja de porte para umas 400 – 600 pessoas imagino, mas que pelo que ouvi possuem dois cultos de tanta gente que há; contudo, JA, meio que muitas pessoas ainda viajando, dia chuvoso, a casa não estava cheia, mas deveria ter pouco mais de 100 pessoas ali.

Eles estavam fazendo uma espécie de semana de oração jovem, voltando quanto a questão da vida profissional. E ali no JA, teve uma palestra sobre escolha de profissão, a vontade de Deus, depois uma aluna da UNISA foi falar sobre entrevista, dinâmica de grupo; e por fim, teve a entrevista com o GEA.

Lá vai, Natália, Fred, Simone e eu sendo entrevistados pelas pessoas ali presentes. Respondemos algumas perguntas. E em geral as questões foram sobre a questão do cristianismo dentro de uma Universidade predominante ateu. Como é estudar em tal ambiente... como é a questão da pressão de grupo, os amigos, as baladas, festas... como é que buscamos evangelizar ali... como foi que surgiu o GEA. Em especial, houve uma pergunta que falou sobre a ciência, matemática, a fé e o evolucionismo. Mas foi muito bom mesmo. Pena que durou apenas uns 30 minutos; pois poderíamos ficar por ali horas e horas. Após encerrar a programação; ainda assim, algumas pessoas vieram até nós conversar, perguntar algumas coisas; saber sobre o curso, a faculdade, entre outros.

Bem, o mais interessante de tudo é como foi que as coisas aconteceram. Estávamos com planos de ir para o 3º Simpósio Criacionista, mas acabou não dando para ir, apenas o Tatinho foi que mora consideravelmente próximo ao Unasp. Mas enquanto eu e o Fred, conversávamos enquanto assistíamos o Simpósio pela internet - graças a transmissão pelo pessoal do blog ÉOQHÁ – ele falou de uma idéia do Tatinho do GEA fazer JA’s nas igrejas; meio que tentar buscar motivar o pessoal ao mundo acadêmico, ao evangelismo nesse meio e suas principais barreiras, que certamente é o ambiente, o ateísmo, ceticismo, entre outros. E pouco depois, o Fred todo empolgado vem falar que o Rodrigo nos convidou para fazer parte desse JA, com a entrevista; mas tipo, não havíamos nos oferecido; simplesmente, Deus começou a abrir as portas. E estamos realmente com muitos projetos, planos e perspectivas para esse ano.

Após essa palestra. A Natália que freqüenta a IASD Pinheiros, nos disse que o diretor JA ali já ficou sabendo de nós, e gostaria que nós fizéssemos um JA ali. Pelo visto, teremos um ano muito ativo. E que pretendemos sacudir o mundo acadêmico. Certamente, essa foi a primeira de muitas.

05 janeiro 2008

Uma Reflexão na Praia - 31/12/2007

Aqui estou eu mais uma vez perplexo com as profundezas da sabedoria e amor do Plano da Redenção.

Ontem, por volta das 6 – 7h da manhã fui correr na praia. E assim que reparo melhor na areia, deparo com uma cena triste: “A praia era um lixão!”. Era lixo para todos os lados, que não só apontavam o descuido das pessoas com a saúde (só tinha bobeira, bolacha, refrigerante, bebida alcoólica, salgadinho e sorvete), mas o egoísmo, comodismo e total falta de consciência ambiental: ausência de amor para com Deus. Aliás, abençoados sejam os garis que limpam as praias, deveriam receber uma homenagem. Em pleno dia 31, 7h da manhã, lá estão eles limpando o meio-ambiente da porquice dos outros.

De noite fui tomar um sorvete com alguns parentes (tios, primas...). E não só é triste ver uma grande quantidade de obesidade e “excesso de massa”, como também, cada vez mais raro são as pessoas em forma. E, ao passar por um quiosque, vejo centenas, talvez milhares, de pessoas, maioria jovem, infelizes, entediados e com a vida vazia. De modo que necessitam distrair-se e excitar-se com música, bebida, dança e “ficar” para sentir-se de algum modo não tão vazios.

Hoje de manhã, correndo novamente, vejo alguns jovens tomando uma latinha e cerveja na praia. Isso às 8 horas da manhã!

Quão horrível é pensar que antes eu estivera do mesmo modo, “morto em pecado”.

“Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira.” (Efésios 2:1-3)

Mas como Deus é maravilhoso. Como fico perplexo em saber quem era e na nova criatura que hoje sou.
Como alguém pode ser recriado?
Somente poder de Deus.
E ai de eu tentar querer explicar isso; teria um “taque-cardía-cerebral”.

No Ano Bíblico, hoje – aliás, mais uma vez atrasado, terminarei só em janeiro – fiquei muito perplexo e pensativo, especialmente com Efésios 2:1-10 e 3:17-20 (dê uma lida se possível).
Nisso, meu tio Oscar, mostrou a meditação desse ano, “Janelas para a Vida” do Alejandro Bullon. E suas duas últimas meditações são maravilhosas, mas mais tocantes ainda são os versos chave de tais:

“Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força é pequena.” Prov. 24:10

“Se não fora o auxílio do Senhor, já a minha alma estaria na região do silêncio.” Sal. 94:17

Qual o reconhecimento que tenho do cuidado de Deus? Quão ingrato e tolo sou a inclinar-me à ingratidão, impaciência, em achar que sou algo melhor, que mereço algo melhor; Em duvidar que algo não vai dar certo, contanto que Ele prometeu.

Confesso que muitas vezes não sei lidar corretamente com o meu caráter calculista e estratégico e o pensamento matemático.
Digo que já tenho até meus 35 anos planejados. Mas o que complica é quando tenho que lidar com pessoas, em situações íntimas de alto grau de importância, quando há “poucos indicativos”, de modo que fico muito cético quanto a tal.

Talvez, defender meus princípios, ser diferente, contrariar a pressão do grupo, não seja meu fraco, pois gosto, e até que ocorre meio que naturalmente. Tanto é que muitos têm um estereotipo de mim: “como sendo do contra”; “a opinião contraditória”; e também por não só defender, mas viver. Mas veja um lado meu mais tendencioso a fraqueza, que poucos conhecem, pois aliás, é loucura e tolice ficar divulgando suas fraquezas, mas aqui tem um propósito objetivo e maior.

Idealizo uma maravilhosa garota, em caráter e aos olhos. E já até planejei muitas coisas para nós, caso venha a namorarmos. - Mas e aí? - Não é questão de ser tímido, pois essa palavra, que tem por origem o “medo de manifestar-se” não cabe mais a mim. O problema é “a mania estratégica”.
- Não estou viajando na maionese? No meu idealismo? No fácil apego as pessoas?

Que indicativos tenho de que tal pessoa compartilha de pensamento mutuo? Muitos poucos, e por cima, são fracos indicativos. Que “no limit”, estrategicamente, a tendência é “Evandro, você está equivocado.”

Pois um pensamento capaz de me roubar o sono é a questão do “livre-arbítrio” e “impostura intelectual”. Na ralé é fácil deduzirmos que devemos respeitar o livre-arbítrio dos outros e não impor pensamentos. Mas como é que fica, nisso a questão de “conquistar uma pessoa”?

Pois bem sei que poderia usar artifícios do contato, tato, notaria, fala, até feromônios; em fim: o sensorial e seduzir seus pensamentos e corpo. Isso não é nada impossível e inacessível, principalmente para alguém em minhas condições de fácil acessibilidade de informações e ações práticas; e, também, não sou tão feio assim. Técnicas de imposição, como bem mostra o filme “Hitche – Conselheiro Amoroso”.

Mas isso não passa de uma imposição intelectual, um anti-livre-arbitrio. Portanto, não uso dessas ferramentas tão comuns hoje. Para a grande maioria das pessoas, únicas. Mas parto de um principio totalmente impopular e revolucionário, ao mesmo tempo “não tendencioso”.
Que método?
É cultivar uma amizade. Um naturalmente conhecer o outro através da convivência, conversas, atividades juntas; e, o principal, orar a Deus para que Ele revele a cada um o Seus planos para com os dois. E sem segundas intenções, sem tentar impor, ou conquistar pela emoção e carisma; os dois cheguem à um pensamento e intenções mutuas. De modo que seria apenas uma questão de tempo alguém se abrir, então naturalmente o namoro ocorreria.

Isso pode soar-lhe estranho, mas já disse “é impopular”. E não tem por base o egoísmo, mas o próximo. E não é tendencioso. Se você colocar na sua equação para saber se tem muita chance, o resultado será uma nítida interrogação. Fora que a coisa leva tempo. Principalmente quando a pessoa distante mora, e se pode contar as horas que os dois juntos estiveram nos últimos 3 anos.

Fico fascinado por isso. Por que penso assim? Por que ajo assim? Seria tão mais fácil agir de modo contrário. Seria apenas ensaiar algumas palavras fortemente de impacto, treinar um pouco a narrativa, tocar nas regiões certas; ou se estiver muito difícil, entorpecê-la, e não é preciso de drogas para isso, bem se pode fazer com coisas materiais, fúteis, ou até mesmo que agrade o paladar, ou uma música; esses dias mesmo, num documentário do Discovery Channel, mostrou que as pessoas após comer limão, ficam em torno de 60% mais receptivas a fazer algo que lhe foi pedido e confiar nos outros.

Pois se Satanás consegue fazer às pessoas viciarem em chocolates que agridem a saúde. O que seria demasiado impossível impor no desejo de alguém? Aliás, como é triste ver no Orkut, que comunidades como “Não mando no meu coração” são tão populares; o que seria uma grande glória se a causa fosse que “Jesus é quem manda”.

Mas por que estou dizendo isso? Para mostrar, que como tão sutilmente minha impaciência e ingratidão a Deus se revela. Por muitas vezes, ficar repetindo e repetindo a Deus “Pai, já chegamos?”, “Eu quero, eu quero.”, “Falta muito?”, “Algum indicativo?”. Agindo e pensamento como se Deus não estivesse agindo, não estivesse usando todo o seu poder, amor, conhecimento e sabedoria, ou se estivesse brincando comigo. É como na situação de Abraão e Sara, quando o anjo lhe disse que sua mulher teria um filho, e ele se demonstrou cético.

E por que tanto ceticismo, Evandro? Por contemplar o mal.
Observo o mundo e até a igreja, recolho os dados e analiso os indicadores. O que me faz crer que só um milagre, adquiriria alguém do meu modo. E há um grande fator multiplicativo: “Quem é que quer um homem que ame ler a Bíblia todos os dias? Quem é que quer um homem que gosta de assistir documentários apesar de não gostar de TV? Quem é que quer um homem que não gosta de muvuca, barulho, mas de isolar-se na escuridão da praia, e ao som do mar, contemplar as estrelas, o nascer e o pôr do sol, nas mais profundas reflexões? Que realmente ama a natureza, e que sente culpa quando anda num automóvel quando poderia estar de bicicleta ou a pé? Quem é que gostaria de um homem que tem desdém para a glutonaria – apesar de comer muito – e sedentarismo, e que, se possível fora, todas as manhãs se exercitaria em meio ao ar livre? Quem gostaria de um homem que prefere uma rede, uma barraca à um hotel? Que prefere estar suando, com os pés cheios de lama, corpo arranhado, mochila na costa rumo à uma cachoeira, do que festas limpas e formais? Que ao invés de uma balada gostaria de estar numa vigília com Deus e os amigos? Que prefere dizer que isso é pecado, a dar um sorriso? Destituído de posses materiais, apesar que já ter planejado e caminha para que com sacrifícios, no futuro tenha uma vida financeira estável? Uma pessoa cheia de falhas mas que busca mudar ao invés de escondê-las? Quem vai querer alguém que vai lhe dizer para amar seus inimigos? Alguém que não procura status nem aparecer? Que na maioria das vezes tem razão? Sem frescuras? Sem vaidade; sem dor de cotovelo; que ama a simplicidade? Que ame a igreja, estar indo e envolvido ativamente? Que para tudo dependa de Deus? E que devido as muitas atividades, fora as acedemicas-profissionais, não dispõe de muito tempo livre?”

Tem que ser no mínimo alguém louco, pelo menos para os padrões desse mundo. Portanto, tenho todos os motivos para ser cético. Essa é minha pressão de grupo. A pressão que meus pensamentos, que o cálculo fazem contra mim. De modo que a solução seja:
“Só Deus pode fazer acontecer.”

O que complica mais quando se atribui uma outra variável: “Deus respeita o livre-arbítrio e não impõe.” Ele precisa de ferramentas e disposição das pessoas. E como fica o conjunto solução dessa variável? R: “Alguém disponível?”

Isso novamente me intriga. Pois como pode Deus isso fazer? É então que recordo de quem eu era, e quem eu sou. Desse mistério da transformação. E meu coração enche de confiança ao reconhecer que Jesus é “Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamentos, de acordo com o seu poder que atua em nós.” (Efésios 3:20)

E você? Quais são as pressões de grupo que realmente você enfrenta no dia-dia? Saiba, que as principais, não são aquelas grandes e escancaradas coisas; mas como essa minha, as mais implícitas, pequenas. Pois aliás, não se tropeça numa grande rocha, ou numa Iceberg, mas sim, nas pequenas pedrinhas, nas pequenas rochas lisas num riacho; muitas vezes, borradas de lodo.

E ao você se deparar com esses problemas. Lembre-se do provérbio “Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força é pequena.” Prov. 24:10

Como está a sua força?
Pois saiba, que por mais fé que eu tenha ou aparenta ter, necessito estar sempre fortalecendo-a, assim como você. Pois nada há que seja tão bom que não precisamos aperfeiçoar.
Encerro, essa reflexão que fiz enquanto aguardava o almoço, no dia 31, debaixo de um ventilador na praia, com abençoadas palavras que recebi num e-mail de um dos leitores agradecendo e comentando uma das mensagens postadas nesse blog:

“Se a fé vem pelo ouvir (Romanos 10:17) ou ler – bem-aventurados aqueles que lêem, e que ouvem e guardam as palavras desta profecia (Apocalipse 1:3) – nada mais louvável do que dividir a fé através destas palavras que rompem todas as barreiras físicas e podem chegar, com certeza, até os mais recônditos lugares da Terra.” (Gisele Monteiro)


Contemple a Deus, as Suas obras e maravilhas que fizera e faz. E certamente confiança nEle, transbordará.