29 abril 2007

Inundação do Espirito Santo

Pessoal, leitor, seja lá quem você for; rogo que com carinho, considerasse todas essas palavras que vos tenho a dizer.

Creio que primeiro é indispensável que eu relate algumas coisas sobre a Trilha Mogi-Bertioga que fizemos nos dias 31/mar e 1/abril.

A TRILHA MOGI-BERTIOGA
Primeiro, vou ter que abrir um pouco o documentário de minha vida, que normalmente não costumo abrir muito às pessoas.

Em 2005, naquele periodo em que eu estav muito rogando por Deus, cheio do Seu Espirito, em oração etc. Houve um momento, um dia, em que estava estudando as Escrituras e o Espirito de Profecia (O Grande Conflito, se não me engano) e foi quando eu clamei: "Necessitamos urgentemente do reavivamento e reforma! - Está na hora de nos prepararmos para a chuva serôdia! E apenas tenho obtido gotas da temporã!". E dai, fiz um pacto com Deus, roguei a ele, e iniciei um projeto ousado e ultra-dificil, que chamei de "Incendiando Laodicéia". E estava rogando a Deus, conversando com Ele, ouvindo Seus conselhos, acertando os detalhes, me reformando, avivando cada vez mais, preparando tudo, para botar fogo, e iniciar os focos na Igreja para que se incendiasse, e que não ficasse mais MORNA como Laodicéia, e nem QUENTE; mas como um DILUVIO EM FOGO, em fogo divino.
Na virada de ano eu estava já quase explodindo, não aguentando mais segurar aquilo. E de certa forma, confeço que temia pelo o que Satanás tramava, pois certamente ele não deixaria que isso ocorresse facilmente. Então, é quando eu entro na USP. Merda! (sorry! pelo vocab.)
Meu, no começo eu idolatria a USP, a matemática etc. Ficava até as 3 horas da madrugada estudando derivada se preciso. Porém, ao mesmo tempo, houve um precipicio espiritual, ou como um amigo meu disse, um periodo de aridez. Tornaram-se raras as vezes que eu orava, apenas rezava. Mais raras ainda, as vezes, que realmente, tomava-me para estudar as Escrituras e envolver-me no trabalho do Senhor. E a obra de Incendiando Laodicéia, bem, para começar, eu mesmo me tornará um cubo de gelo.
Mas então chegou as férias de julho, e foi quando re-coloquei a cabeça no lugar. QUe me disse: "O que é que estou fazendo?" E mudei te atitude, porem, recomeçar, esquentar o gelo, faze-lo derreter, evaporar, é dureza.
Mas foi indo e indo. Porém, não estava conseguindo voltar como era antes. Até que comprei o livro "O Retorno da Glória" de Randy Maxwell em dezembro de 2006, e então, as tochas do reavivamento, da reforma, voltaram-se a se acender. E de lá então houve uma continua progressão, porém, ainda longe daquele estado o qual eu estivera no inicio de 2006. Falei com Deus e então finalmente combinei em fazer uma das primeiras coisas do projeto Incendiando Laodicéia, que foi chamar um pessoal, de preferencia jovens, para ir fazer uma trilha (alias, o estopim foi o Renato, quando estavamos no ensaio do coral).

Chamei muita gente, mais de 50 pessoas ficaram de ir. Muitos não adventistas, outros sem religião. Muitos desbravadores, lideres. Orei, clamei, pedi orientação de Deus. Mas o Inimigo de outro lado também trabalhava, e não vou entrar nos detalhes, mas no final, apenas 14 pessoas foram.

Saimos de Santo André umas 18:30, num sábado a noite. E durante as quase 2 horas detrem até Mogi, muita conversa etc, especialmente com o Eliezer, pai do Eliezer (o filho). Um homem de Deus, o qual foi delecioso trocar idéias e coisas do tipo.
Em Mogi, houve um certo desencontro com o pessoal de São José dos Campos (AFlavia e seus amigos), ai uns telefones aqui ali, espera um pouco, e então nos encontramos, pegamos o onibus (alias, lotamos o onibus com nossas pessoas e mochilas). E foi muito bom, foi aquele tempo de introzação, porem, fora muito pouco tempo.
Chegamos lá no barzinho a beira da estrada, houve umas ultimas instruções. Fizemos uma oração rogando por proteção divina e a sua benção para a trilha e tudo mais. E então, já sendo umas 10 horas da noite, caminhamos 1h10min pela estrada, quando conversamos muito, falei bastante com a Flavia que há um tempão não conversava. E estava indo tudo muito bem.
Chegamos no local que é o inicio da trilha, fizemos uma parada, comemos um pouco, e então entramos na mata, e após uns 20min, chegamos ao riachinho. No qual atravessamos (alias, eu estava sendo o guia, e percebi que já fazia um tempo que ninguem ia ali, pela quantidade de teias de aranha que eu engolia.) e então em frente, preparamos a clareira, ajustamos as redes e os demais para dormir, fizemos uma fogueira que foi um pouco dificil de acender. E então houve um dos momentos mais especiais.
Fizemos uma rodinha ali em volta da fogueira, debaixo de estrelas, o som noturno da natureza e do calmo riachinho com suas aguas escorando as pedras, ao nosso lado. Começamos a cantar, era quase 1 hora da madrugada. Oramos, depois fiz uma breve pregação, inspirado no livro O Retorno da Glória, quando fala da história de Israel em que enviara os espias para avistar a Terra Prometida, fiz aquele apelo, e depois orei e orei, pedidos de oração e coisas do tipo, e então mais oração. E foi um momento muito bom, especial mesmo. Incrivel, em que certamente pode-se perceber que o Espirito do Senhor estava entre nós.
Então fomos dormir. O Elton ficou de fazer o primeiro turno da vigia, mas logo dormira. E eu, na minha rede e saco de dormir, confeço que não consegui. Não era por medo. Não era por sons desconhecidos. Mas era uma mente inquieta, que queria ir até as pedras ali no riacho, e clamar a Deus, conversar com anjos, enfim, ter aquela noite. E incrivelmente todo o pessoal começou a dormir. E eu lá deitado pensando. Até que fui impressionado por uns sons estranhos que parecia rugido, e eu sabia que haviam - poucas - onças na Serra do Mar, e ouvi um barulho de água atrás, perto da barraca do Eliezer, e pensei: "será? uma onça?". Orei a Deus. Peguei a minha lanterna, e comecei a investigar, mas nada encontrará, mas o barulho aparecia de vez em quando. Então foi quando percebi que era o Gustavo que roncava. E um pouco depois, o pedrão acordou com um rato que estava entrando no calçado do Robert que estava secando no calor das brazas. E ai, aos poucos começaram a acordar. Ai a Neide acordou pois algo havia nos pés dela, então fui ver, e ali, matei uma caranguejeira (aranha um pouco venenosa). Ai o pessoal que estava dormindo no chão praticamente acordaram todos, menos o Gustavo. E assim, então ficamos a noite conversando etc, até umas 6 horas, quando acordei a todos.
- Acorda. (com aquela voz, para não acordar ninguem no susto). Arrumamos as coisas, então o Eliezer fez o culto matinal ali, e foi muito bom também.

Então, algo aconteceu. Simplesmente, algo incomum. Estava com algum problema digestivo. Não conseguia comer nada, com vontade de vomitar, alias, fiz um belo barro. hehe Mas o mal estar continuava, e me sentia bem fraco, desidratado. Mas bastou, minha lingua sentir o sabor da granola que surgia o problema. Ai, pedi licença, fui até um local mais escondido, e disse: Será que algo está me fazendo mal? E então, forcei para vomitar logo de uma vez. Vomitei e vomitei, mas não havia nada. E a coisa continuava, apenas conseguia beber água numa boa. E então comecei a pensar: Será que não vai dar para eu guiar o pessoal? Estou fraco. MInha mochila está pesada. A caminhada é dura, principalmente a subida. Eu vou deixar o pessoal não mão. etc.
Então, roguei a Deus e disse: "Tu nos conduziu até aqui. Deu-nos uma maravilhosa e inesquecivel noite, tudo o que houve até aqui já fora maravilhoso Senhor. É até aqui que o Senhor quer? Combinei com eles que os levaria até a cachoeira. Alguns ali precisam testemunhar da sua maravilhosa natureza." - Então, aconteceu aquilo, que era já comum que acontecia antes de entrar na USP, antes da "aridez", mas que desde então não havia ouvido mais. Que é aquela "voz" na mente, que não sei explicar direito, mas que é algo incrivel e maravilhoso. Que me dizia assim: "O que você disse?" E então, minha memória, lembrou-se daquele momento qeue eu estava pregando ali na fogueira, na verdade, foi como se estivesse passando um "video" na minha mente, e senti fortemente aquelas palavras de Calebe: "Subamos até lá e vamo conquistas." Não importa se há gigantes. Deus havia-os prometida, tinha dado Sua bênção. Então eu entendi o recado, e disse "Senhor, tomarei a minha mochila e os levarei até a cachoeira."

Voltei para o grupo, que acho que alguns já estavam meio pensando: "O que aconteceu com o Evandro?" E começamos a caminhada. E logo, tive que pedir ajuda para o Davis, para ele carregar minha polchete. Lá para uns 75% da descida, minhas pernas estavam tremulas, o enjoo continuava, eu sentia aquela fraqueza, mas ao mesmo tempo, estava cheio de energias (engraçado), alias, aquele AR PURO faz uma diferença, que não dá para explicar. Mas estava um pouco melhor, tentei comer algo, mas não dava, assim que eu colocava na boca... E um pouco mais a frente, tive que pedir pro Davis levar as minhas cordas. E já a a uns 150 metros do rio, já no pé da serra, disse para o Davis ir a frente, limpando o caminho etc, e eu apenas ia orientando para onde ele ir etc.

Até que chagamos nas pedras, e assim fomos até a cachoeira. Aquela cena magestosa, aquela imagem que não há artista que consiga pintar, ou mente alguma inventar. Aquele som glorioso das fortes águas. E foi uma realização indescritivel, quando cheguei ali, meu coração pulava de alegria e louvava a Deus. E melhor ainda era quando podia ver o "rosto" daquelas 13 pessoas que havia guiado até ali.

Por incrivel que pareça, fui novamente no banheiro. E tals. sai foi aquele tempo de 2horas para o pessoal se relaxar , divertir etc. Tomar banho de cachoeira, daquele chuveiro natural. A hidromassagem natural etc. E aquilo estava delicioso demais. Maravilhoso mesmo. E encontrei uma clareira ali perto perfeita para acampar, cabe até umas 5 barracas e olha lá, e já comecei a pensar. Agradeci a Deus.

Eu já me sentia perfeitamente bem, com as forças restauradas, cheio de energias. Mas eu não conseguia comer NADA. A ultima coisa que havia comido, foi quando estavamos começando a trilha na noite anterior, ao lado da estrada, quando comi uns biscoitos de fibra.

Então lá para uma hora da tarde, ou um pouco mais, começamos a subir a serra. E foi um momento incrivel onde muitos enfrentaram seus limites como humanos, perceberam que seus corpos podem suportar muito mais do que imaginavam. Sentiram o que estar esgotado, e ter muita coisa pela frente. Aqueles desafios etc. Mas o mais incrivel era que eu não sentia NEM UM PINGO de cansaço e coisas do tipo, pelo contrário, era como se a cada momento eu estivesse mais forte e com mais energia.

Enquanto isso, houveram muitas conversas, coisas que não dá para falar, apenas na hora e que ficaram marcadas em nossas vidas. Amizades que se fotaleceram etc. A confiança que aumentava cada vez mais, principalmente, em que, a cada instante mais necessitava dEle.

Terminamos de subir. Ai tivemos que andar de novo na estrada, muitos estavam esgotados. E foi quando que apareceu uma guincho na estrada e nos ofereceu carona. E então chegamos ao bar onde tivemos que esperar até as 5:20 da tarde o onibus que nos levaria a estação. E nisso, muitas conversas, foi praticamente o momento em que nos relembravamos da trilha, fazia aquela retrospectiva, analises, saboreava tudo, até mesmo as dores eram boas. As cicatrizes tornava-se orgulho.
Ai no onibus praticamente todos dormiram, em alguns momentos apenas eu ficara acordado. Ai pegamos o trem, nos separamos do grupo que iria para São José. E no trem muitas conversas, o melhor de tudo foram as observações do Eliezer sobre a trilha, na questão espiritual etc. E todos por fim disseram: "TEMOS QUE MARCAR DE NOVO!!! Quando será a próxima?"

E por incrivel que pareça, exatamente quando terminamos a trilha e chegamos na estrada, "num passe de mágica" aqueles meus problemas sumiram. E eu voltei a comer tranquilamente como se nada houvesse acontecido. Não fiquei NADA CANSADO. ALias, cheguei em casa, e fui dormir quase meia-noite, e no dia seguinte, não tive problemas com acido lactivo nenhum, apenas sentia um pouco de dor no triceps do braço direito quando fazia força, mas que até o final da tarde estava 100%.

Bem, RESUMIDAMENTE, essa foi a trilha.

Ontem, sábado, 28 de Abril
Fora o dia Mundial dos Desbravadores.
Primeiro, sexta foi trabalhoso, ergumos um portal de 6m de altura, e deu bastante trabalho ajustá-lo. No culto pela manhã, no fim, vamos assim dizer: Deu tudo certo. Mas o melhor de tudo, além da presença de Deus fora dos amigos, e um amigo em especial, o Giancarlo Sorvillo. Simplesmente, aquele tipo de amigo em que você não quer se separar mais. Aquela pessoa que é um profeta de Deus, suas palavras são bençãos. E está dificil encontrar hoje jovens que amem a Deus com todas as forças, com todo o coração, que possui Seu Espirito.
Da igreja fomos para a casa da jú onde teve o almoço, e ali conversamos muito. Alias, o Gian fala que fala. Lembra bem a familia do meu pai (que é tudo descendente de italiano, alias, eu sou de terceira geração), falam muito.
Mas tipo, a cada segundo que se passava o sábado estava melhor. O JA foi incrivel também. Fizemos uma coisa bem diferente, uma simulação de resgate, descendo o Navas preso numa maca por uma escada da galeria, no meio do sermão, quando o Gian pregava sobre os amigos do paralitico que desceram o teto para ele chegar até Jesus.
E então a Ju me convidou para ir no frutaska com eles, e eu exitei bastante, tinha minhas razões, mas por fim eu fui, e não me arrependo nem um pouco!
O frustaka foi praticamente uma reunião de amigos, com o Gian como lider, que por fim foi inspirado pelo Espirito Santo e nos trouxe muitas palavras, algumas até em "off". Que não dá para explicar, dizer, tudo. Mas simplesmente, essa noite renderá muitos frutos. Reavivamento! Poder! Reforma!
Suas palavras, eram em muito, praticamente aquilo que eu estava me preparando no final de 2005 para proclamar, fazer. Porem, ele também trouxe muitas curiosidades teológicas, e certamente, reverei meus pensamentos para com muitas coisas, e estudarei mais a fundo, buscando de Deus revelação mais claras. O mais incrivel de tudo é que o Gian foi a resposta de Deus para muitas de minhas orações!
E quer saber mais. Creio que chegou o momento de colocar fogo nos GRAVETOS (antes estava na isca). Para INCENDIAR LAODICÉIA!!!
Fica com Deus.

24 abril 2007

Trilha Mogi-Bertioga

A TRILHA MOGI-BERTIOGA
Primeiro, vou ter que abrir um pouco o documentário de minha vida, que normalmente não costumo abrir muito às pessoas.

Em 2005, naquele periodo em que eu estav muito rogando por Deus, cheio do Seu Espirito, em oração etc. Houve um momento, um dia, em que estava estudando as Escrituras e o Espirito de Profecia (O Grande Conflito, se não me engano) e foi quando eu clamei: "Necessitamos urgentemente do reavivamento e reforma! - Está na hora de nos prepararmos para a chuva serôdia! E apenas tenho obtido gotas da temporã!". E dai, fiz um pacto com Deus, roguei a ele, e iniciei um projeto ousado e ultra-dificil, que chamei de "Incendiando Laodicéia". E estava rogando a Deus, conversando com Ele, ouvindo Seus conselhos, acertando os detalhes, me reformando, avivando cada vez mais, preparando tudo, para botar fogo, e iniciar os focos na Igreja para que se incendiasse, e que não ficasse mais MORNA como Laodicéia, e nem QUENTE; mas como um DILUVIO EM FOGO, em fogo divino.


Na virada de ano eu estava já quase explodindo, não aguentando mais segurar aquilo. E de certa forma, confeço que temia pelo o que Satanás tramava, pois certamente ele não deixaria que isso ocorresse facilmente. Então, é quando eu entro na USP. Merda! (sorry! pelo vocab.)

Meu, no começo eu idolatrava a USP, a matemática etc. Ficava até as 3 horas da madrugada estudando derivada se preciso. Porém, ao mesmo tempo, houve um precipicio espiritual, ou como um amigo meu disse, um periodo de aridez. Tornaram-se raras as vezes que eu orava, apenas rezava. Mais raras ainda, as vezes, que realmente, tomava-me para estudar as Escrituras e envolver-me no trabalho do Senhor. E a obra de Incendiando Laodicéia, bem, para começar, eu mesmo me tornará um cubo de gelo.

Mas então chegou as férias de julho, e foi quando re-coloquei a cabeça no lugar. Que me disse: "O que é que estou fazendo?" E mudei te atitude, porem, recomeçar, esquentar o gelo, faze-lo derreter, evaporar, é dureza.
Mas foi indo e indo. Porém, não estava conseguindo voltar como era antes. Até que comprei o livro "O Retorno da Glória" de Randy Maxwell em dezembro de 2006, e então, as tochas do reavivamento, da reforma, voltaram-se a se acender. E de lá então houve uma continua progressão, porém, ainda longe daquele estado o qual eu estivera no inicio de 2006. Falei com Deus e então finalmente combinei em fazer uma das primeiras coisas do projeto Incendiando Laodicéia, que foi chamar um pessoal, de preferencia jovens, para ir fazer uma trilha (alias, o estopim foi o Renato, quando estavamos no ensaio do coral).

Chamei muita gente, mais de 50 pessoas ficaram de ir. Muitos não adventistas, outros sem religião. Muitos desbravadores, lideres. Orei, clamei, pedi orientação de Deus. Mas o Inimigo também trabalhava, e não vou entrar nos detalhes, mas no final, apenas 14 pessoas foram.

Saimos de Santo André umas 18:30, num sábado a noite. E durante as quase 2 horas detrem até Mogi, muita conversa etc, especialmente com o Eliezer, pai do Eliezer (o filho). Um homem de Deus, o qual foi delecioso trocar idéias e coisas do tipo.

Em Mogi, houve um certo desencontro com o pessoal de São José dos Campos (A Flavia e seus amigos), aí uns telefones aqui ali, espera um pouco, e então nos encontramos, pegamos o onibus (alias, lotamos o onibus com nossas pessoas e mochilas). E foi muito bom, foi aquele tempo de introzação, porem, fora muito pouco tempo.

Chegamos lá no barzinho a beira da estrada, houve umas ultimas instruções. Fizemos uma oração rogando por proteção divina e a sua benção para a trilha e tudo mais. E então, já sendo umas 10 horas da noite, caminhamos 1h10min pela estrada, quando conversamos muito, falei bastante com a Flavia que há um tempão não conversava. E estava indo tudo muito bem.

Chegamos no local que é o inicio da trilha, fizemos uma parada, comemos um pouco, e então entramos na mata, e após uns 20min, chegamos ao riachinho. No qual atravessamos (alias, eu estava sendo o guia, e percebi que já fazia um tempo que ninguem ia ali, pela quantidade de teias de aranha que eu engolia.) e então em frente, preparamos a clareira, ajustamos as redes e os demais para dormir, fizemos uma fogueira que foi um pouco dificil de acender. E então houve um dos momentos mais especiais.

Fizemos uma rodinha ali em volta da fogueira, debaixo de estrelas, o som noturno da natureza e do calmo riachinho com suas aguas escorando as pedras, ao nosso lado. Começamos a cantar, era quase 1 hora da madrugada. Oramos, depois fiz uma breve pregação, inspirado no livro O Retorno da Glória, quando fala da história de Israel em que enviara os espias para avistar a Terra Prometida, fiz aquele apelo, e depois orei e orei, pedidos de oração e coisas do tipo, e então mais oração. E foi um momento muito bom, especial mesmo. Incrivel, em que certamente pode-se perceber que o Espirito do Senhor estava entre nós.

Então fomos dormir. O Elton ficou de fazer o primeiro turno da vigia, mas logo dormira. E eu, na minha rede e saco de dormir, confeço que não consegui. Não era por medo. Não era por sons desconhecidos. Mas era uma mente inquieta, que queria ir até as pedras ali no riacho, e clamar a Deus, conversar com anjos, enfim, ter aquela noite. E incrivelmente todo o pessoal começou a dormir. E eu lá deitado pensando. Até que fui impressionado por uns sons estranhos que parecia rugido, e eu sabia que haviam - poucas - onças na Serra do Mar, e ouvi um barulho de água atrás, perto da barraca do Eliezer, e pensei: "será? uma onça?". Orei a Deus. Peguei a minha lanterna, e comecei a investigar, mas nada encontrará, mas o barulho aparecia de vez em quando. Então foi quando percebi que era o Gustavo que roncava. E um pouco depois, o pedrão acordou com um rato que estava entrando no calçado do Robert que estava secando no calor das brazas. E ai, aos poucos começaram a acordar. Ai a Neide acordou pois algo havia nos pés dela, então fui ver, e ali, matei uma caranguejeira (aranha um pouco venenosa). Ai o pessoal que estava dormindo no chão praticamente acordaram todos, menos o Gustavo. E assim, então ficamos a noite conversando etc, até umas 6 horas, quando acordei a todos.

- Acorda. (com aquela voz, para não acordar ninguem no susto). Arrumamos as coisas, então o Eliezer fez o culto matinal ali, e foi muito bom também.

Então, algo aconteceu. Simplesmente, algo incomum. Estava com algum problema digestivo. Não conseguia comer nada, com vontade de vomitar, alias, fiz um belo barro. hehe Mas o mal estar continuava, e me sentia bem fraco, desidratado. Mas bastou, minha lingua sentir o sabor da granola que surgia o problema. Ai, pedi licença, fui até um local mais escondido, e disse: Será que algo está me fazendo mal? E então, forcei para vomitar logo de uma vez. Vomitei e vomitei, mas não havia nada. E a coisa continuava, apenas conseguia beber água numa boa. E então comecei a pensar: Será que não vai dar para eu guiar o pessoal? Estou fraco. MInha mochila está pesada. A caminhada é dura, principalmente a subida. Eu vou deixar o pessoal não mão. etc.

Então, roguei a Deus e disse: "Tu nos conduziu até aqui. Deu-nos uma maravilhosa e inesquecivel noite, tudo o que houve até aqui já fora maravilhoso Senhor. É até aqui que o Senhor quer? Combinei com eles que os levaria até a cachoeira. Alguns ali precisam testemunhar da sua maravilhosa natureza." - Então, aconteceu aquilo, que era já comum que acontecia antes de entrar na USP, antes da "aridez", mas que desde então não havia ouvido mais. Que é aquela "voz" na mente, que não sei explicar direito, mas que é algo incrivel e maravilhoso. Que me dizia assim: "O que você disse?" E então, minha memória, lembrou-se daquele momento qeue eu estava pregando ali na fogueira, na verdade, foi como se estivesse passando um "video" na minha mente, e senti fortemente aquelas palavras de Calebe: "Subamos até lá e vamo conquistas." Não importa se há gigantes. Deus havia-os prometida, tinha dado Sua bênção. Então eu entendi o recado, e disse "Senhor, tomarei a minha mochila e os levarei até a cachoeira."

Voltei para o grupo, que acho que alguns já estavam meio pensando: "O que aconteceu com o Evandro?" E começamos a caminhada. E logo, tive que pedir ajuda para o Davis, para ele carregar minha polchete. Lá para uns 75% da descida, minhas pernas estavam tremulas, o enjoo continuava, eu sentia aquela fraqueza, mas ao mesmo tempo, estava cheio de energias (engraçado), alias, aquele AR PURO faz uma diferença, que não dá para explicar. Mas estava um pouco melhor, tentei comer algo, mas não dava, assim que eu colocava na boca... E um pouco mais a frente, tive que pedir pro Davis levar as minhas cordas. E já a a uns 150 metros do rio, já no pé da serra, disse para o Davis ir a frente, limpando o caminho etc, e eu apenas ia orientando para onde ele ir etc.

Até que chagamos nas pedras, e assim fomos até a cachoeira. Aquela cena magestosa, aquela imagem que não há artista que consiga pintar, ou mente alguma inventar. Aquele som glorioso das fortes águas. E foi uma realização indescritivel, quando cheguei ali, meu coração pulava de alegria e louvava a Deus. E melhor ainda era quando podia ver o "rosto" daquelas 13 pessoas que havia guiado até ali.

Por incrivel que pareça, fui novamente no banheiro. E tals. sai foi aquele tempo de 2horas para o pessoal se relaxar , divertir etc. Tomar banho de cachoeira, daquele chuveiro natural. A hidromassagem natural etc. E aquilo estava delicioso demais. Maravilhoso mesmo. E encontrei uma clareira ali perto perfeita para acampar, cabe até umas 5 barracas e olha lá, e já comecei a pensar. Agradeci a Deus.

Eu já me sentia perfeitamente bem, com as forças restauradas, cheio de energias. Mas eu não conseguia comer NADA. A ultima coisa que havia comido, foi quando estavamos começando a trilha na noite anterior, ao lado da estrada, quando comi uns biscoitos de fibra.

Então lá para uma hora da tarde, ou um pouco mais, começamos a subir a serra. E foi um momento incrivel onde muitos enfrentaram seus limites como humanos, perceberam que seus corpos podem suportar muito mais do que imaginavam. Sentiram o que estar esgotado, e ter muita coisa pela frente. Aqueles desafios etc. Mas o mais incrivel era que eu não sentia NEM UM PINGO de cansaço e coisas do tipo, pelo contrário, era como se a cada momento eu estivesse mais forte e com mais energia.

Enquanto isso, houveram muitas conversas, coisas que não dá para falar, apenas na hora e que ficaram marcadas em nossas vidas. Amizades que se fotaleceram etc. A confiança que aumentava cada vez mais, principalmente, em que, a cada instante mais necessitava dEle.

Terminamos de subir. Ai tivemos que andar de novo na estrada, muitos estavam esgotados. E foi quando que apareceu uma guincho na estrada e nos ofereceu carona. E então chegamos ao bar onde tivemos que esperar até as 5:20 da tarde o onibus que nos levaria a estação. E nisso, muitas conversas, foi praticamente o momento em que nos relembravamos da trilha, fazia aquela retrospectiva, analises, saboreava tudo, até mesmo as dores eram boas. As cicatrizes tornava-se orgulho.
Ai no onibus praticamente todos dormiram, em alguns momentos apenas eu ficara acordado. Ai pegamos o trem, nos separamos do grupo que iria para São José. E no trem muitas conversas, o melhor de tudo foram as observações do Eliezer sobre a trilha, na questão espiritual etc. E todos por fim disseram: "TEMOS QUE MARCAR DE NOVO!!! Quando será a próxima?"

E por incrivel que pareça, exatamente quando terminamos a trilha e chegamos na estrada, "num passe de mágica" aqueles meus problemas sumiram. E eu voltei a comer tranquilamente como se nada houvesse acontecido. Não fiquei NADA CANSADO. Alias, cheguei em casa, e fui dormir quase meia-noite, e no dia seguinte, não tive problemas com acido latico nenhum, apenas sentia um pouco de dor no triceps do braço direito quando fazia força (provavelmente, devido a ter que ficar "levando a mochila"), mas que até o final da tarde estava 100%.

Bem, RESUMIDAMENTE, essa foi a trilha.