21 novembro 2006

Dias de Camporee

Olá meu caro amigo leitor.

Venho aqui contar "um pouco" do que aconteceu neste período de 13 - 19 de novembro de 2006, quando estive junto com mais de 2500 pessoas no VIII Campore da Associação Paulistana, com o tema Palavra Viva. O qual contava com 75 clubes.

Primeiro contarei os principais pontos na ordem, do primeiro ao último dia.


Segunda-feira dia 11
Eu (Evandro), Thiago, Fernando e o Caio iriamos na segunda, antes de começar o Campori (Quarta) para montar o portal. E foi muita correria. No dia anterior, domingo, foi uma correria daquelas, logo de manhã fui para o clube onde fiquei até umas 15h, então correndo para casa, tomo um banho e já saio correndo para o Coral, fomos cantar numa igreja lá pro centro de São Paulo, muito bonita. Depois no final teve umas pizzas (algo que me deixara encabulado). Ok, e acabei chegando em casa por volta das 11h da noite, então fui arrumar minha mala para acordar cedo, pois o Thiago disse que as 8h30 iria sair.
Bem no fim, era quase umas 11 e tantos quando ele passou em casa e então fomos rumo a Tatui.

Pneu furou!!!
No caminho, após o ultimo pedágio paramos no meio da estrada, e la vai descarregar todo o carro super-lotado para pegar o step etc. Mais alguns 30 e tantos quilometros e chegamos as portas de Tatui onde paramos numa borracharia. E o cara tira um "raio de moto" do pneu, deveria ter um diametro de uns 2 ou 3 milimetros e quase uns 12 cm de comprimento (sem brincadeira).

Chegamos lá para umas 3 e tantos no lugar, muitos portais já estavam levantados, semi-prontos, alguns prontos. E depois de muito andar, achamos o Pr. Venefrides para então sabermos onde seria nossa área de acampamento, e era, felizmente, nas costas do Tigres do Riacho (que mais tarde, apelidamos de vizinhos). Então lá vai nós começar a carregar os vários troncos de eucalipto (muitos verdes), 10 de 6m, 27 de 4m e 29 de 3m. Sem brincadeira, muito peso! Apesar que as madeiras estavam praticamente do lado da nossa área. E começou a cair uma chuva bem forte, mas mesmo assim (estávamos atrasados) "alguns de nós" continuamos carregando, então uns 7min após a chuva passou.
Bem, logo comecei a perceber que trabalhar junto com o Thiago não é muito produtivo. Ele não parava de reclamar, e pouco fazia; logo minhas suspeitas sobre a sua mente e seu fisico se confirmaram. E percebi que não ia ser fácil. E eram umas 10h da noite quando fomos dormir, debaixo de estrelas, algo que eu estava encantado pois não via aquilo na cidade grande.

Terça-feira dia 12
Acordamos umas 6h da manhã, depois de uma noite agradável naquela barraca Nautika Jumbo 5/6, onde antes de domir houve um festival de montinho entre outros. Estava um verdadeiro sarro aquele dia.
E de manhã, conseguimos erguer a primeira base (e olha, estava muuuiiito pesado), algumas outras pessoas de outros clubes vieram nos ajudar. Meu, muito legal. Apesar do Thiago constantemente reclamar e dizer que não ia dar certo e aquela pergunta que ele fazia "Como vai fazer isso?" (num sentido como se fosse impossível). Onde muito pelo contrário, ninguém duvidava além dele. O que me fez recordar muito ano passado, quando a equipe que eu estava era bem diferente, não tivemos problemas nenhum quanto a montagem do portal, se seria dificil ou não. A única reclamação que ouvi foi do Elcio quanto a comida (porque o bicho come que só).
E também, logo recebi o apelido de "granola", porque tinha levado 2kg de granola. Porém, no fim, todos quiseram.

Na montagem uma das coisas mais legal foi o envolvimento que começamos a ter com o Tigres do Riacho, ou melhor, com a Ana e o Leonor. Eles estavam nos ajudando muito mesmo. Até nos deram paçoquinha! E depois nos convidaram para ir com eles almoçar no restaurante. E o Thiago logo se empolgou com a idéia. E lá vai nós parar o trabalho para ir lá almoçar.

Então de tarde retomamos nosso trabalho, e antes mesmo de sumir o sol terminamos de levantar todas as torres. E então vinha a parte mais complidado, a parte superior do portal. E logo o Thiago começou a reclamar de tudo porque ia demorar, era dificil, e ele não sabia como. E nisso o Fernando já estava com o pulso zuado porque estava fazendo o V da maneira correta para fazer as cavas, ah, e com o pé um pouco torcido, e até dizendo: "nada dá certo na minha vida." hahaha

Durante o dia teve um sol de rachar mesmo, e eu me queimei muuiito. E confesso que estava com o corpo meio cansado, não respondendo muito ao meu animo e vontade. Como ao subir a escada no portal, a perna já demonstrara fraqueza as 8 e tantos da noite. Ai o pessoal meio que empacou, ficou devagar demais, muito improdutivo o trabalho. O Fernando carambolava e o Thiago só converçava e reclamava, e dizia que teria que reprojetar o portal. E eu e o Caio ia até o fim se preciso. Então foi quando chegou o Mendes, um dos grandes lideres da Paulistana, com suas piadas e humor. E então, algo surpreendente aconteceu, o Thiago começou a trabalhar e muito, parou de reclamar, parecia o Rambo. E o Mendes nos ajudou a montar um pouco o portal. Porem o trabalho estava muito improdutivo, todos muito cansados e com sono, era 1h da madrugada. E o Thiago desistiu da idéia de virar a noite, e não dava para eu e o Caio fazer tudo sozinhos. Então fomos dormir umas 2 da madrugada.

Quarta-feira dia 13
Bem, nessa madrugada não deu para dormir, pois os clubes iam chegando durante a madrugada e o dia, e assim, o barulho dos onibus do pessoal descarregando, armando as barracas, montando portal. No máximo tive alguns cochilos. Então as 6h da manhã levantamos, eu praticamente tinha desistido de dormir. Meu corpo parecia estar muito mais cansado do que antes de deitar. E com isso, eu parecia um moribundo o dia todo, sem forças para nada, para subir a escada já era um esforço tremendo, e estava a tal ponto que qualquer coisa meus pés e mãos começavam a tremer tipo que Parkison, por causa do excesso de exercicio e do "nenhum" repouso.
Então voltamos a iniciar a montagem do portal, e nisso, os nossos vizinhos (Tigres) fizeram uma gentileza sem tamanho de emprestar suas cadeiras de bombeiros. Pois até então estávamos usando as feitas em cordas de 6mm, e tais eram incrivelmente desconfortáveis.

Então, demorou um certo tempo e chegou o clube do Guepardos. E então foi o show, o show da desorganização e do "o que eu faço agora?". É, as unidades chegaram e o pessoal não sabia o que fazer, um ficava olhando para a cara do outro, e o Thiago, meio que queria que todos fizessem tudo! Atitudes nada de lider, exclamava: "Meu, tem um monte de coisas para fazer." - Ou seja, meio que estava dizendo: "o desbravador, você tem que fazer os buracos, colocar as cercas, limpar a area de acampamento e montar as 9 barracas!" - Loucura! - Quando o que deveria fazer era: "flano e cicrano, ou unidade y e x, vocês fazem isso e isso." (objetividade). E então o pessoal ficou muito perdido.
E nisso estava praticamente apenas eu, o caio e o Eliezer que chegou cheio de energias, montando o portal. Porém, eu estava muito acabado, e o Caio também, e não mais daria tempo de montar o portal realmente como queriamos (embromaram muito antes). E o sol estava muiiiiiiiiittttooooooooo forte, meu cantil pouco durava cheio.
Bem, então terminamos parcialmente o portal, apenas faltava colocar o letreiro que o Thiago estava terminando. E nisso então eu fiquei aproveitando a sombra, junto com a tia Ivete, e também fiquei um tempinho conversando com o pessoal do clube Ursos (tinha uma boa sombra na area de acampamento deles). E enquanto isso, tive que ouvir um monte do Thiago dizendo para ajudar, porque tinha muita coisa para fazer. Então simplesmente eu disse: "Você quer que eu faça tudo? A minha parte eu já fiz. E apenas estou esperando você terminar a sua para terminar o portal." E ele não gostou nada disso.

Eu não estava sendo egoista, apenas prudente. Haviam cerca de 45 pessoas no clube. Se todos fizessem devidamente as suas partes (a qual tinhamos combinado numa reunião da diretoria) em pouco tempo tudo estaria devidamente montado. Porém, o que aconteceu lá é que a maioria esqueceu do que ia fazer. E quase todos se mostraram DESPREPARADOS, mesmo para montar uma barraca e alinha-la, ou montar um simples varal ou sapateira. Ou seja, isso é um problema de falta de treinamento e praticidade. Isto não se resolve no Campore, na hora H, mas antes. Mas alguns pessoas não raciocinavam direito e queriam que todos ali de uma hora para a outra, soubessem tudo sobre pioneiria, montagem etc. e fizessem TUDO, em poucos segundos - na velocidade de suas sinapses. Até mesmo quando o pessoal estava trabalhando e montando, tinham que ouvir rugidos, como se nada estivessem fazendo.

Bem, eu estava muito queimado e muito cansado, mas muito mesmo - principalmente porque eu não consegui dormir nada por causa do barulho; já os outros, até roncaram. E ainda acabei ajudando um pouco a montar a cerca e os mastros (que por fim nem usamos). Depois, não coube a ultima barraca na area de acampamento, então peguei autorização do Claudio (regional) e montei ela lá na area dos staffs, sozinho, em poucos minutos, e ficou perfeitamente montada. hehe (não é nenhum bicho de 899 cabeças). E também encontrei com o Mendes, o qual me perguntou sobre o portal e ficou meio decepcionado porque não fizemos a plataforma e não o completamos, e disse "estava fácil de fazer" (concordo plenamente). E fiquei um pouco aborrecido porque o portal que tive tanto trabalho em planejar, montar etc, por fim não foi feito devidamente.

E ai eu e a Ju começamos a ter aquela interação mais forte com os vizinhos. E sentamos junto com os vizinhos na abertura, onde começamos a formar um relacionamento do Guepardos com o Tigres (em especial a Kelly e o Roni). E foi muito bom. O pr. Udolcy Zuckvisky (sei lá como se escreve), fez um incrivel sermão. O baixo foi o pessoal que fez as musicas, tanto a parte instrumental como a cantada, era desanimador. E teve uma queima de fogos interessante, de uns 10min. - mas sei lá, estava estranho, aquele Campori não estava com cara de Campori, parecia estar faltando ingredientes, em especial a organização.

Bem, após a abertura, numa noite bem calorosa, fui dormir lá na barraca. Junto com o Claudio e um staff (que roncava de forma engraçada). E estava tão quente a noite, que o saco de dormir virou travesseiro.

E para ser sincero. O primeiro dia de Campori encerrou com uma certa decepção, e até arrependimento de ter ido. Retirando claro a belíssima paisagem bucólica que o lugar fornecia aos nossos olhos, e o céu maravilhoso que se contemplará durante a noite. Mas Deus, ...

Quinta-feira dia 14
Lá para umas 6h da manhã acordo. E então com o pessoal do clube tomamos o café da manhã lá na cozinha, e ai aquele espirito de campori começou a surgir e tomar conta do pessoal. Então fomos para o palco e teve aquela meditação da manhã, muito boa, por um pastor que veio de Goiás. E após começou as atividades.

Eu, como era apenas um mero instrutor, que principalmente tive o papel de construir o portal, não tinha mais muito o que fazer. Então fiquei vagando pelo Campori. Ora estava com uma unidade ora com outra. Ora ajudando uns e ora ajudando outros. ALgumas vezes passando por conselheiro do Main Coons (unidade do Eliezer, Fernando, Robert, Gustavo...). E também com a unidade dos vizinhos, em especial com as Panteras, da kelly. E o Campori começou a ficar muito bom. Quando você começa a ajudar os outros na prova, ou mesmo simplesmente ensinar a Debora na fila da prova de resgate em como se fazia um fateicha (nó), um maravilhoso sentimento é liberado, junto com endorfina, que anima muito e dá satisfação. O embaçado estava o sol - muito quente. Toda hora eu parava numa sombra, e toda hora estava recarregando o cantil.
Ai, um pouco antes do almoço, já meio que no final das provas, eu e a Ju ficamos com os vizinhos na sombra enquanto aguardavam a fila da prova do Braile. E foi muito legal. E até acertei no chute em dizer que ia ter palito de PVT no almoço. hehe

Um pouco depois do almoço, no carrossel (é o nome que se dá para o rodizio de eventos e provas) de tarde, acompanhei um pouco a unidade da Kelly, e fiquei na sombra debaixo de uma arvore, num pequeno barranco na margem do campo de futebol. E a unidade dela me fez dar muitas gargalhadas na prova de Primeiro Socorros, quando quase enviaram a bola lá nas barracas dos staff´s.

Bem, depois, mais pro final da tarde, tomei um ótimo banho rapido e frio. Com direito a dar uma boa bronca em um desbravador que tinha minjado ali no chuveiro enquanto eu estava ali. E depois, ouvi uma muito engraçada: Dois desbravadores, aparentando uns 10 11 anos conversando um disse: "Você viu como os pintos dos adultos são estranhos, eles são muito grandes e ficam balançando pra fora." hahaha - Após isso, no dia seguinte, o banho era separado entre diretoria (16anos para cima) e os demais desbravadores.

Tomado o banho, fui lá pro vizinhos, e a ju também. fomos convidados a subir no portal do Tigres, e ai tiramos algumas fotos. E o papo estava muito bom com o pessoal até que chegou a diretora e botou todo mundo em forma. Bem, ai o Lincon chegou e também gostou muito dos vizinhos. Aliás, o Guepardos e a maioria dos clubes estavam muito fechados.

E depois de uma excelente janta (onde o pessoal percebeu que eu comia muito e devagar), fomos para o palco. Foi demais! Eu e a ju (que quase não nos desgrudaamos no campori) sentamos lá com os vizinhos do lado do Orion (o clube da igreja do Brooklin, se não me engano). E logo fiz uma amizade gostosa com uma unidade de garotinhas que deviam ter entre 11 e 13 anos. As quais fizeram o pessoal do Tigres sentarem no chão para não ficar na frente delas. Meu, foi ilário ouvir elas falando para eles sairem da frente. A qual até me agrediram quando disse que o pessoal que estava cantando e tocando eram desafinados e horriveis (musicalmente), pois eram do clube delas.
Bem, e o pastor lá de Goias, que se tem o sobrenome Borges (até pensei que era irmão, ou algo do Michelson) fez um incrivel sermão, falando sobre os heróis. Então começou a falar dos heróis ficcionários da modernidade, como superman, homem-aranha, etc. E chocou o pessoal ao dizer: "todos esses heróis simplesmente não podem fazer absolutamente NADA por você." Então contou a história de alguns verdadeiros heróis, como um homem cego, que quis fundar um clube de Desbravadores em sua igreja, e todos duvidaram por sua deficiência, e alguns anos depois, ele estava fundando seu segundo clube. E concluiu montrando que Jesus é o nosso único verdadeiro herói, que fez e faz tudo por nós, inclusive nos salva e livra do pecado, nos transforma, e nos dará a vida eterna. ... Foi maravilhoso.
Mas logo veio a ducha de agua fria quando a "bandinha" do Orion subiu para cantar. (eu, o pessoal do tigres começavamos a lamentar e gritar "nãoooooo" quando eles subiam a frente). hehee foi demais.

Bem, o dia foi cheio, e com muito sol, eu estava insuportavelmente queimado. E agora sim era um Campori, e surgia o pensamento "não teria valido a pena viver este ano se não tivesse ido nesse campori". E lá para umas 10:45 da noite, me entreguei ao meu cochonete de 1cm de espessura.

Sexta-feira dia 15
Lá para umas 6:30 da manhã, lá está eu de pé, cheio de energias e empolgado para mais um grande - e bota grande nisso - dia de Campori. Logo vou lá para a cozinha do clube, que ficava na rua "O Grande Confrito" (estava escrito assim). E após um ótimo rango, aquele gostoso papo de manhã com as mais diversas pessoas do clube, talvez algum vizinho e outros desbravadores se não me engano, lá vai "nóis" para o palco, para mais um culto matinal.

Bem, tanto nóis (Clube Guepardos Reais), como os vizinhos (Tigres do Riacho) se uniu num aglomerado, tudo atrás da mesa de som, onde havia uma boa sombra das arvores que margeavam o lugar. E tivemos um incrivel e maravilhoso culto, uma mensagem incrivel e poderosa do pastor Borges, o qual se despedira do Campori, trazendo a essencia da mensagem "Não perca a oportunidade de falar de Jesus para as pessoas." Onde ele contou um caso da vida dele, quando ele era professor. Bem, é uma história uma pouco longa. Se quiser saber, pergunte-me ou a qualquer um desbravador da AP que foi ao campori.

Após o batismo da chuva temporã lá vai todos os acampantes para as atividades do dia. Onde de primeira fiquei com as Panteras (uma unidade do meu clube), onde teve a prova de escalar aquela parede de uns 7m de altura. E depois fui com os Manei Coons do outro lado do lago (tipo, era um lugar que se tinha qua andar bastante, para onde é que fosse), onde participei com eles do evento da escada, onde tinham que montar uma escada de 3m com amarras quadradas; e o Fernando e o Eliezer mandaram muito bem, apesar que toda a unidade ultrapassaram minhas expectativas. Bem, e ai como o Thiago pesava uns 110 kg e não queria arriscar em subir a escada e descer a tirolesa, sobra para o instrutor (eu), onde eu fiz com todo o gosto e vontade. Apenas não gostei que a tirolesa parecia algo para "aventureiro". Conseguimos pontuação máxima, e eles para agradecer o instrutor, dão um montinho no granola.

Depois dessa manhã bem suada, cheia de desafios e vitórias, com muitas conversas, amigos etc. Lá vai nóis para o almoço. Opa! Mas este almoço não era qualquer um. As unidades tinham que fazer uma prova, o "Feras Famintas", onde eles tinham que fazer uma fogueira num altar de cozinha, e ali fazer o almoço deles de forma rustica. Bem, e então nisso eu fiquei dando roles pelo Campori, conversei com minha "subrinha" (Ariane), com o Davis, entre outros, só não andei mais porque o sol estava embaçado, eu até estava usando uma tunica que fiz para proteger a cara do sol, porque só o chapeu não estava dando conta. Ai eu peguei um banquinho, me sentei embaixo de uma penumbra de uma arvore e ali peguei pela primeira vez na semana minha lição da escola sabatina e fui estudar até o almoço estar pronto; meditei um pouco também. Bem, e eu almocei com o pessoal da cozinha num almoço excelente, muito bom mesmo junto com alguns staffs, como a Raquel, o Renan, e ai pessoal do clube voltou do almoço todos animados contando como foi etc.
Nesse hora também tive uma conversa séria com o Fortine, algo de homem para homem, sobre um assunto de importância eterna.

E então veio as provas da tarde, nas quais eu fiquei com os Main Coons. Foi uma tarde bem cheia, e muitooo boa. E as atividades encerraram antes do por-do-sol para dar tempo do pessoal tomar um bom banho e se preparar para entrar no sabado.
Na fila do chuveiro tive ótimas companhias como o Rogerio Gordon e o Mendes brincando com a sua unidade de chicotear com toalhas. hehe

A janta então foi excepcional, e eu e a ju apressando o pessoal para irmos logo para o palco, para pegar bons lugares com os vizinhos para ver a investidura com todos os detalhes. Bem, e ai lá foi nóis, eu praticamente tinha tomado posse da bandeira do clube, ou seja, "siga o mestre" (hehe). Chegamos no palco estava já lotado com boa parte dos clubes já acomodados, mas ai eu fui infiltrando, onde parecia não couber mais ninguém no fim tentei que coubesse todo o Guepardos, pelo menos eu a ju, e as tigresas. Bem, mas no geral conseguimos bons lugares. Em especial eu, a debora, a ju e uns dos vizinhos atras de nóis, pois estavamos simplesmente do lado do corredor onde tinhamos uma visão perfeita, tanto para ver, tirar fotos etc.

A INVESTIDURA foi incrivel, a melhor que eu já vi. Primeiro os lideres que iriam se investir entraram marchando, fazendo umas 4 vezes meia volta volver, todos além dos uniformes impecáveis, carregavam mochilas cargueiras na costa. Depois, ao regressarem entraram os capitães de algumas unidades com banderins marchando, e formando um corredor (porem eu preferia com as tradicionais tochas flamejantes), e era interessante ver os olhos da debora brilharem, pois via aquilo pela primeira vez, aliás, seu primeiro campori. ... Então, após formarem aquele corredor, os lideres entraram marchando triunfantes, batendo forte o pé, e a galera comemorando, em especial o Herdeiros do Reino (o clube da Central de São Bernardo) gritando "Tem gente do herdeiros." - Meu foi demais mesmo, de arrepiar, meio que indescritivel, só no momento para saber. Mesmo se ver em filme não é a mesma coisa, pois você não sente o vento, a temperatura, o ar do local, a vibração das cordas formadas por cada corda vocal ali penetrarem em seus nervos, a vibração do chão conforme eles marchavam etc. Nossa! Demais...
Então ao se reunirem lá na frente, eles tinham que fazer uma prova para comprovar que estavam capacitados para serem lideres, então o Venefrides e o Udolcy lhes dão a prova de montar um acampamento lá, com barracas, abrigo improvisado, fogueira, pioneiria, e tudo em cima do palco o que dificulta muito porque não tem o chão de terra para encravar as coisas; fora a tensão do momento, e eles tinham que montar aquilo muito rapidamente. Tinha quase uns 30 lideres ali. Então eles rapidamente retiraram as mochilas abriram elas pegando o equipamento necessário e todos começam a fazer a sua parte numa velocidade incrivel. Porem no final deu um problema no abrigo improvisado, pois tal não estava firme (Pois o chão não era de terra o que dava o apoio), então ficou estranho. Ai todos começaram a gritar "mais uma chance". E então fizeram, e o Udolcy após analisar bem, aprovou. Então o Udolcy fez um incrivel discurso sobre o que significa ser um lider, as responsabilidades etc. Um incrivel e temeroso discurso. Então fizemos a oração de consagração, então começaram a ser investidos, trocando o lenço e os emblemas do uniforme.
Em especial destaco a Nath do clube Herdeiros do Reino, onde o próprio pai, o Breda (um grande lider), foi quem a investiu. Eu nem imagino qual deve ter sido os sentimentos, tanto para o pai como para a filha. Após ao término abraçou calorosa e demoradamente o pai. E por último, após todos se investirem, foi feito uma pausa, e o Udolcy tomou atenção especial para o ultimo ali que seria investido, que seria o Pastor Crisley (acho que é assim que escreve), o qual já foi tipo pastor aprendiz na minha igreja (Central de Santo André), uma pessoa que eu tiro o chapeu. E o próprio Udolcy o investiu. Nossa! Foi demais...

Bem, enquanto os novos lideres saiam do palco. Apagaram as luzes, e uma voz pediu para que uma desses lideres ficasse no palco. E então iluminaram ela com um holofote, e então começamos a ouvir uma declaração de amor, e era o namorado dela, ele levou um boque de flores até ela no final, e a pediu em casamento, na frente de 2500 desbravadores etc, após a investidura dela. Bem, a garota foi forte para ter aguentado todo o impacto emocinal. E a galera foi ao delirio. O engraçado foi que quase todo mundo começou a gritar: "Beija! Beija!...", mas eu, e outros, como o Valadão, gritávamos "Demérito! Demérito!..." haha - Bem, não vou fazer minha observação critica sobre isso, pois já a fiz para as devidas pessoas, e meu objetivo aqui é apenas relatar como foram esses dias.

Após ela aceitar o pedido de casamento. Passaram o jornal do dia, onde é uma breve retrospectiva de algumas coisas que aconteceram no dia. Porem, que sempre agita e muito os desbravadores. Principalmente na contagem regressiva. (mas o do Coragem a Toda Prova, foi bem melhor).
E ai veio a pedra de gelo, o grupinho que ia tocar e cantar lá do Órion. Ouvi até uns resmungar "Ahhhhhh não." Reclamavam não porque era um momento de loucor, mas porque aquelas músicas desanimavam mesmo, para ser sincero, doiam os timpanos.

Então por fim da programação daquela noite, o pr. Udolcy abriu a Palavra Viva, e fez um sermão daqueles, simples a tal ponto que uma criança analfabeta entendia, e tão poderoso que derrubava prisões e pedras grandes que prendiam o orgulho no coração das pessoas. O tema era simplesmente "sonhos". Bem, por mais que me sinto tentado a escrever todo o sermão aqui, mas não dá, fiaria enoorme, e tiraria o foco dessa publicação. Mas o sermão teve algo especial, nossa atenção era retirado do pr. Udolcy, fazia-me esquecer que era o Udolcy quem estava ali a frente pregando aquelas palavras, mas sim meus olhos volveram para as coisas do alto, para o Cordeiro de Deus. Foi tão bom, que de certa forma as pessoas sairam meio que emudecidas dali. Não porque estavam abatidas, mas porque estavam numa profunda e solene reflexão, e mais, cansadas daquele dia exaustivo.

Ao encerrar ali, tive que levar todo o pessoal do clube para ir dormir, pois teriamos que acordar as 3h da manhã para fazer o evento da leitura da Biblia. E deu um certo trabalho para botar o pessoal para dormir, tive até que resgatar algumas das panteras que estavam fora da area de acampamento, conversando com os vizinhos e sem a conselheira... [né mano!?!] (hehe). Ai um desafio um pouco maior foi a Debora Passarelli, que estava passando mal, provavelmente insolação. Mas felizmente, lá para umas 11h consegui me deitar para dormir.

Sábado dia 18
Bem, me acordaram no meio da madrugada, 3h, para ir fazer o evento, mas ao chegar lá percebemos que o Thiago havia se enganado, seria na próxima madrugada. Então, todos voltando para suas barracas e dormir mais um pouco para mais um dia de Campori.
Lá para umas 6h yo levanto, apesar de sentir que dormi pouco, porem muito disposto. Ai na hora do café da manhã teve uma meditação e uma ótima refeição. E logo o Campori estava cheio de visitantes, de pais e etc. Acredito que uns 300 era pouco para a quantidade que se via. E então fomos lá para o palco onde teria o culto.
E um certo incomodo ficava em minha mente "como vai ter um culto num sol daquele?". Bem, então Deus dá um jeitinho, envia uma nuvem, a qual repousa como uma tenda para nós, e então tivemos um culto sem praticamente nenhum problema de calor além do normaço que já era muito.
E enquanto enrolavam para inicar o culto eu terminara de estudar a lição da semana. E logo então o pastor começou o sermão. E nóis já estavamos com os vizinhos ali atrás do som, na sombra da sombra (na verdade era penumbra). E o Udolcy fez novamente um maravilhoso sermão, abordando que todo o desbravador é como um soldado (a comparação que Paulo fez, em Efésios se não me engano). E um soldado que não estuda a Bíblia ele tem uma espada pequena e cega, mas o que estuda bastante é como se ele tivesse a escalibur.
Bem, ai no finalzinho do sermão, tive que levar duas desbravadoras até a enfermaria porque estavam passando mal. E lá presenciei o pessoal injetando insulina em uma garotinha que chorava muito (devia ter fobia de injeção). E encontrei com o grande e humilde Dorival, que estava junto da sua bela sobrinha. E quando voltamos, já estavam batizando, e não podiamos perder o batismo do nosso querido desbravador Lincon, o filho do Eliezer. Os pais e tios dele foram até lá. E meu!, foi demais, foi um batismo incrivel, maravilhoso, e o palco ali lotado, não só de desbravadores, mas os visitantes (a maioria adultos) que somavam muito. E após ele ser batizado, o clube começou a gritar "Lincon, lincon!..."
E então o pastor perguntou se mais alguem ali naquela congregação foi despertado o deseja de se batizar, e queriam tomar essa decisão. E uma multidão de pessoas foram ali a frente (mais de 250 pessoas), voluntariamente (sem ninguem apelar, isto eu presenciei com os meus olhos). Ou seja, se for fazer um balanço, uma estatistica, creio que a maior parte do que estavam ali e ainda não eram batizados foram a frente. Ou seja, se formos fazer um "rendimento", foi um dos mais incriveis que já presenciei na minha vida caminhando com Jesus. Tanto o Udolcy, como o Vene, entre outros, choravam de felicidade, eu me segurei um pouco. Porque um sentimento de vitória tomou conta de nosso coração, a maior vitória, pois alcançavamos o nosso objetivo, o objetivo do Clube de Desbravadores: "Salvar do pecado e guiar no serviço."

Um pouco antes do almoço, encontrei com meu ex-desbravador (no Omega) e querido amigo, Davis, o qual tive privilégio de servir de instrumento nas mãos de Deus para conduzi-lo ao batismo. E ficamos conversando um bom tempo, demos algumas votas ali pelo acampamento, pelas cozinhas enquanto conversavamos. E fiquei contente com a decisão que ele tomou de desistir do futebol, porém deve-se aproveitar prudentemente o tempo agora disponível.

Bem, de tarde houve uma daquelas atividades que eu não gosto muito, simplesmente porque é sábado, e nunca dá certo. Bem, era assim, as unidades tinham que fazer uma provas, seguindo as viagens de Paulo, e cada posto era uma cidade. Só que nisso havia os staffs vestidos de soldados que corriam atrás dos diretores dos clubes e os aprisionavam. Bem, e como tinha acabado o culto, "aquela nuvem" já havia indo embora, e novamente aquele sol de rachar tinha tomado conta do Campore. Bem, e foi uma tarde que passou num piscar de olhos. O bom, que as vizinhas panteras (unidade da kelly) estava no mesmo caminho que os MainCoons, então sempre estavamos juntos nas filas. Ahh, também não posso esquecer do banho que levei de alguns desbravadores que ao invés de beber a água do cantil, teve a benevolência de usá-la para refrescar-me daquele calor, sem nem mesmo eu precisar pedir. hehe
Mas no fim do evento, deu uns problemas, alguem perdeu os selinhos, aff. E ai desistimos de terminar a prova. Aliás já estava quase dando o por-do-sol, e eu percebi que este sabado, não foi de fato um sabado para mim no periodo da tarde.

No final da tarde lá vai eu pro chuveiro, bem na fila, encontro o Mendes, e no banheiro o Caio que estava tomando conta, meu! foi hilário. Muita zuação no chuveiro. Desde o carinha que cagava, até o que derrubava o sabonete. hehe Em especial, uma que o Caio me contou, que um pastor que estava com um clube de São Bernardo entrou na privada e ficou moh cara ali soltando o barro, e não saia, ai veio um lider com um balde cheio de agua fria, e jogou por cima da porta. Ai o pastor disse: "Valeu! refrescou." hahaha

Bem, de noite, um pouco antes de jantar, tive uma boa conversa com a Ariene sobre uns assuntos mais pessoais, porém de supra importância, e fiquei muito feliz por uma importante decisão que ela tomou na vida dela. Depois dei umas voltas com o Dorival e o Gilmar, o qual parecia ter uns 50 anos, e o mais incrivel, ele sabia quem eu era, o meu pai, e sabia de cabeça o nome do meu bairro (Guaraciaba) e eu nunca tinha visto ele na vida.

De noite deu uns chuviscos na hora da janta, e ai lá vai todo mundo pro palco, muitos com capa de chuva (como meu caso) caso as nuvens resolvessem nos dar um banho por achar que estavamos um pouco sujos. hehe. E lá no palco, dessa vez cantamos ao som de playback e do Vene no microfone, e sabe, ficou mmmuuuuuiiiitooo melhor. Mas então apareceu uma figura ali na frente, uma qual eu já conhecia. Um cara meio gordinho que fez uma social quando fui com o coral cantar na igreja de Moema se não me engano - aliás, a social foi numa faculdade que eu nunca tinha ouvido falar. Bem e foi um replay, agora, ao sabor de campore, e uma pesada e torrencial chuva caindo sobre nossas cabeças. E imagine fazer tudo aquilo com capa de chuva, e não só, e uma das mãos segurando a bandeira do clube. huhuhuuu
Bem, eu e o Caio curtimos(essa palavra dói) muiiiittooo. Porem no final, acho que eu, ele e mais uns 4 foram os que sobraram do Guepardos ali. Bem, eu também já fiz umas observações mais profundas e solenes sobre isto para o CLO (Clube de Lideres Online), talvez mencione no final.

Após isso, a chuva diminuiu e conseguiram passar um filme sobre o próximo Campori que será do dia 15 de novembro de 2007 ao dia x, lá em Barretos. Bem, o filme é bem motivador. Do tipo, fazer de Barretos uma das principais prioridades do próximo ano.

Após tudo isso, que me sequei, alias, eu já estava seco, menos a barra da minha bermuda que molhou um pouco; fiquei lá na area de acampamento conversando - ainda era relativamente cedo. E ai ali na cerca, com as tigresas, a ju, nóis ficamos conversando com os vizinhos e vizinhas (do outro lado da cerca). A tal ponto que fomos convidados para ir lá na cozinha do clube deles para comer pipoca. Até fomos, porém, deu uns rolos e ai eu fui dormir e o resto de nóis voltou para o clube. E lá para umas 11:20 da noite deitei-me, na ultima noite estrelada de Campore, para meu corpo se recompor e desenvolver para o ultimo dia de Campori.

Domingo dia 19 (ultimo dia)
Lá para umas 6:20 eu acordo, e acordo muito, estava tocando a musica "Não mais dor" do Arautos do Rei, uma das minhas preferidas. Bem, teve a refeição, e ai todos para o palco.

O dia estava totalmente tomado pelo espirito de campore, podia se ver em cada rosto, cada expressão. Totalmente diferente do que era na quinta-feira. As pessoas, os clubes já estavam muito mais unidas. E ficava imaginando: "Como seria incrivel e maravilhoso que passassemos mais um tempo aqui." E era estranho também pois vinha aquele pensamento: "é o ultimo dia, logo vai ter que desmontar as barracas, limpar a area de acampamento, pegar o onibus e voltar para casa. E o mais triste de tudo, despedir de amigos, alguns os quais talvez nunca mais você verá."

Bem, no palco aquela amiga "sombra", e lá fomos nóis e os vizinhos. E tivemos uma meditação trazido pelo Udolcy com bem cara de ultimo dia de campori, pois fazimos lembrar que voltariamos para nossas casas, para o trabalho, para a escola, faculdade.

Encerrado isso, os desbravadores em geral foram para a prova dos pipas. Já eu, o Caio e o Fernando estavamos suando empolgação querendo ir para a prova do Cross. Estavamos todos empolgados, imaginando quase que aquele Rally Humano, e aquelas coisas muito lokas que fazem todo o ano lá na Nova Zelandia.

Bem, e ai lá fomos nós: Eu, Caio, Fernando, Thauana, Milena e a Neide. Chegamos lá, mas que fila... era de relembrar aquelas de banco em dia de pagamento e no horário de pico. Bem, nossa unidade passou a se chamar "lagarta azul" (coisa do Caio). E lá fomos nós para a primeira parte, enfrentar uma longa fila para atravessar uma curta e especie de balsa baiana, e depois mais uma fila, a qual começamos a entumar com as outras unidades, e começamos a cantar o hino dos Aventureiros, porque aquilo parecia prova para aventureiro. Bem, ai passamos por uma escada bamba feita de cordas, e uma rede, depois a parte mais legal, rastejar na lama, onde aproveitamos muito, depois tinhamos que andar de uma forma estranha num trecho, e depois correr um certo ponto a tal (um pouco longe), cheio de lama (tipo fica muito pesado o corpo), e depois, fazer cavalinho para o companheiro e deixar que outra pessoa guie. E ai atravessar o rio sem soltar de uma corda. Bem, no final saimos limpos porque atravessamos o rio, e não ficamos contentes. Então como um bando de loucos, voltamos para o lugar onde tinha lama e nos jogamos, demos montinho na lama, e etc. Foi demais. Ai sim ficamos bem melecados, e pousamos para várias fotos. E ai, antes de tomar um banho, atravessamos o Campori todo, até chegar lá perto da portaria onde estava o Thiago, onde chegamos de surpresa e demos um caloroso abraço de amigo. Mas acho que ele não gostou muito porque melecamos ele, e ele falou umas "palavras que faltavam com a beleza".

Bem, ai tomei um banho. Comprei uma camisa de desbravadores muito loka. E depois começou a parte mais chata do Campori "desmontar as coisas para ir embora". Desmontei sozinho a minha barraca, debaixo de um calor que devia estar proximo dos 40º, e suava muito, pingava muito, não de esforço fisico, mas puramente calor. E ai, fui para area de acampamento do clube, e fui retirando as cercas.
Bem, antes de terminar tudo, fomos almoçar. E para o encerramento lá no palco. Onde nos empolgamos e fizemos umas amarras paralelas nos bambus na a bandeira do clube, e deixamos-a com uns 7m de altura. E ai nos unimos com o pessoal do Tigres do Riacho (os vizinhos), para comemorar o encerramento do Campori. E foi uma verdadeira festa. E o engraçado e esperado, apenas 12 clubes (dos 75) não conseguiram o padrão ouro - tipo foi muito moleza esse Campori. E nós, claro, tudo ouro. Tanto para o clube como para as unidades. E também comemoramos junto com os Tigres (os vizinhos) quando eles receberam o mesmo (foram anunciados por ultimo), até sacudimos a bandeira deles.

Depois, de volta para o acampamento, debaixo daquele sol ardente, que era como um ácido, terminando de desmontar, tampei os buracos etc. E ai lá para umas 3h da tarde, fui levar o primeiro tronco até o lugar que era para despejar as madeiras, perto da portaria. E enquanto ia, aquele sol. Mas 2 minutos depois, de repente, uma sombra surge e um forte vento. Eu olho para as montanhas que ficavam na outra margem do lago, no sentido noroeste e eis que vem uma enorme nuvem que cobria todo o horizonte, e tinha uma curva na sua parte mais externa que apontava para nossa direção, mas parecia uma onda gigante tipo do filme mar em furia, ou um daqueles fenomenos que se ve, em filmes holywoodianos como Twister. Meu, era uma nuvem de dar medo se eu fosse medroso, e de desmaiar se alguem tivesse fobia de chuva como my mader. E ela vinha muito rapido, percebia-se sua velocidade incrivel, e junto em violento vento, que estava derrubando muita coisa, levando barracas, e puxando as arvores. Vi um cara tirando várias fotos, ou filmando na camera digital (estou tentando pegá-las). E 3 min após, ao voltar para area de acampamento, estava já o tempo escuro, um vento super forte, não me recordo de um vento igual, talvez o mais proximo foi o que senti nas dunas lá na Santa Joaquina em Florianópolis. E ai o pessoal que estava na moleza, se apressaram em desmontar as barracas etc. E logo começou a gotejar, e de repente, chover, chover e chover com tuuuuuuuuddddoooo, mas uma chuva daquelas mesmo, das gotas até arderem (também, eu estava queimado hehe). E ai o pessoal pega as coisas expostas a ceu aberto, e sai correndo, por uns 300m até chegar no onibus e colocá-las. Tipo, foi uma aventura incrivel mesmo. Até brincava, que foi a sobremesa do Campori, uma aventura na chuva. Foi bem louco. O ruim, foi ter que ouvir uma dos desequilibrados mentalmente, que se enchiam de medo, cuidado e preocupação. (coisas que não estão ligados com a prudência).

Ai, eu confesso qeu me molhei 100% e mais um pouco. E meu celular até sobreviveu a isto (este sim é resistente). E mal deu para despedir dos vizinhos. E dos demais amigos de outros clubes. Na verdade o final terminou triste.

Enquanto os clubes estavam desmontando a area de acampamento, uma pá de garotada foram lá para a piscina mergulhar. E uma garota, do clube Falcões da Serra, uma brava desbravadora (a melhor da unidade, segundo a conselheira), teve um choque térmico ao entrar na água, passou mal, e se afogou, demoraram para prestar os primeiros socorros, e demorou 15min. para os bombeiros chegarem. E por fim, ela acabou morrendo. Isso mexeu muito com o Campori, e aquela chuva combinou perfeitamente com o Campori, foi um verdadeiro balde de água fria. E o pior, alguns lideres, diretores perderam a cabeça pelo emotivismo, e jogaram toda a sua amargura e pensamentos ruivosos nos desbravadores; abatendo-os, tirando todo o brilho de felicidade que carregavam do campori. Fez com que cada um, fosse infectado com a tristeza deles.

Bem, todos molhados no onibus. E dentro do onibus tivemos que nos trocar, colocar roupas secas. E compartilhar aqueles que tinham outras roupas nas malas ali (foi uma total desorganização para colocar as coisas no onibus na hora da chuva). E seguimos viajem, ........ mas por pouco tempo.
Saimos ali da fazenda, clube, sitio (sei lá) umas 7h da noite. E quando estavamos na breve estrada te terra que nos levaria até a Castelo Branco, nos deparamos com uma fila de onibus (dos outros clubes). E por cima, o nosso onibus ainda atola. Porem, com uma incrivel manobra do piloto e a colaboração do clube de todos se sentarem do lado direito do onibus, e se amontoarem os outros, conseguimos desatolar. E recebemos a noticia: "Lá na frente, um onibus deslizou, atolou de tal forma que tampou toda a curta estrada (cabia um onibus e um carro, bem apertados), e não dava para ninguem passar. E praticamente todos os onibus dos clubes estavam um atras do outro ali na estradinha de terra." E ai deu uns problemas burocráticos com a aviação Cometa, e talvez nós teriamos que passar a noite ali. Mas, um escape eis que surge as 10h da noite (já faziam quase 3h que estavamos ali). A estrada passava por uma fazenda, e conseguiram conversar com o dono etc, e ele abriu as portas. Então, os onibus deram uma ré (imagine 75 onibus ter que dar ré), para liberar um espaço para um por um manobrar e entrar na fazenda. Bem, ai cruzando a fazenda, nós já saiamos na Castelo Branco, bem, mal foi para o onibus atolado, ele deve ter ficado um bom tempo parado ali.

E ai de volta para casa. Paramos num posto, umas 10:30 da noite. Ai eu tive que dar uma de guarda-costas pro pessoal que ia no orelhão e banheiro. E depois estrada a dentro. E eu tive que vigiar como uma aguia, pois praticamente toda diretoria estava dormindo, os hormonios da garotada a flor da pele. E tive que separar um monte de casauzinho. Porem, estava tão cansado e acabado, que me dei ao luxo de tirar uma soneca, e lá para uma meia-noite acordo, já praticamente ali em São Paulo, um pouco depois do tunel do Maluf para pegar a Anchieta. E percebi que alguns que eu tinha separado, já estavam de volta.

Ai ai... no proximo campori, vou pedir que coloque assim naquela autorização que os pais tem que assinar para os filhos ir para o campori:
"Os desobedientes podem levar castigo fisico dos diretores." hehe

Bem, e ai lá para umas 00:30, chegamos lá no Bom Pastor. E ai, lá vai eu acordar todo mundo no onibus (é até divertido). E bota todo mundo para descarregar. Bom foi que os pais também colaboraram (maioria), ao invés de já pegar o filho e suas coisas e dar no pé. Aliás, creio que a bagunça e desorganização das malas, meio que os obrigaram a tirar tudo, ou nunca achariam as coisas dos filhos.

Bem, e com isso. Eram 1:40 da madrugada quando eu cheguei em casa. E já ficara sabendo que meu tio tive o carro rebocado pela policia, e que nascera a filha do meu primo (Ricardo). E no dia seguinte, também recebi um convite de ser o dirigente da classe dos professores da lição da escola sabatina. E depois de um banho e um sono caprichado, lá vai lavar as roupas e voltar para as atividades rotineiras. E para ser sincero, fiquei um pouco abatido quando percebi que já estava andando novamente sobre o asfalto, que estava rodeado de prédios, quando entrei em casa e ouvia o som da televisão e sentia o fedor dos gases e fragmentos que ficam no ar da Grande São Paulo. O que por outro lado me fez desejar ainda mais que Jesus volte logo, para então ir para um Campori eterno. hehe
Uma coisa interessante, nesses dias de Campori eu simplesmente praticamente tinha esquecido totalmente da faculdade (menos quando alguem me perguntava, e o engraçado é a expressão das pessoas quando você diz que estuda na USP, acham que somos uma espécie de ser superior... - cada uma.) Também esqueci totalmente da existência da televisão, computador, internet, e essas coisas. É incrivel como Deus nos faz desprender facilmente das coisas. E o mais incrivel de tudo, é perceber que não precisamos das modernidades para ser felizes, pelo contrário, ali no campo, onde andavamos com nossos próprias pernas, suavamos o dia inteiro, comiamos 3x por dia a cada 6h, usando roupas simples, com os pés sujos de terra vermelha e as roupas também, mal penteados (quase ninguem tinha espelho), tomando banho frio e rapido, etc. ali, desfrutamos de uma maravilhosa felicidade e satisfação, tamanha esta, que só se tem em camporis. Meio que nos faz pensar: "como sobreviver sem ir num campori a cada ano?"

Bem, é isso.

Mando um abraço para todos que participaram do Campori, em especial essas pessoas:
Juliana, Ivete, Kelly, Lincon, Eliezer, Fernando, Robert, Caio, Thiago, Davis, Ariane, Rogério, Dorival, Ana, Ronnei, Debora, Mendes, Renan, Henry, Caren, pr. Udolcy; todos os vizinhos, as panteras, main coons e tigresas, o pessoal que não sei o nome que ajudou a levantar o portal.


Consideração final
- Fazei de Jesus o seu herói, e a vida eterna o seu sonho. E estude a Biblia, e saiba o que há de tão formidável nesse libro que levanta a oposição de muitos criticos e que também já fez com que incontáveis pessoas dessem a vida por ela. Pois não há muita coisa que dizer de importante além disso nesse tempo sereno.
- Assim que conseguir as fotos, eu publico.